Cofre que explodiu em Cachoeira tinha pólvora e nitroglicerina

Cofre que explodiu em Cachoeira tinha pólvora e nitroglicerina

Estrutura foi detonada por agentes do Gate após ferir gravemente dois irmãos adolescentes

Paulo Roberto Tavares / Correio do Povo

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O prefeito de Cachoeira do Sul, Sérgio Ghignatti, visitou, nesta sexta-feira, o local onde estava o cofre com dinamites que explodiu no final da tarde de quarta-feira. Com o incidente, o adolescente Jorni Alfredo Hertz Júnior, de 17 anos, morreu no hospital e o irmão dele, Felipe Vargas Hertz, de 13 anos, está internado em estado gravíssimo. Segundo Ghignatti, dentro do cofre havia pólvora e nitroglicerina, material instável e que poderia explodir a qualquer momento.

Por esse motivo, agentes do Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate) detonaram o restante do cofre na manhã seguinte. Segundo o prefeito, oito residências foram atingidas por estilhaços de metal, que quebraram vidraças e causaram outros estragos menores. As estruturas das casas, no entanto, não foram afetadas. Ninguém ficou ferido e os moradores já podem retornar às residências.

Deslocamento de ar

De acordo com o prefeito, nesta segunda explosão o deslocamento de ar foi tão forte que a porta do cofre foi arremessada e ficou incrustada na parede de uma casa próxima. Os artefatos tiveram que ser detonados no local porque poderiam explodir com o menor balanço. “Todos foram evacuados antes do Gate explodir os artefatos de forma controlada”, afirmou. “Até porque houve uma ‘chuva’ de fragmentos de metal, alguns bem grandes”, descreveu.

Nesta sexta-feira, o prefeito recebeu o representante da Defesa Civil de Santa Maria, Adelmar Silva, e dois coronéis, de Santa Cruz do Sul, para uma vistoria. Ghignatti disse que há mais dois cofres do mesmo tamanho no local, iguais ao que continha as dinamites: modelos antigos e de grande porte, mas sem explosivos, segundo o Gate. “Mesmo assim, eles terão de ser removidos", afirmou o prefeito.

Investigação

A Polícia Civil de Cachoeira do Sul deve indiciar por homicídio culposo um empreiteiro e o pai das vítimas da explosão de um cofre. De acordo com o delegado João Silveira, ambos podem responder por terem exposto os dois adolescentes e funcionários da empresa ao perigo.

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