Com 105 mortes por Covid-19, RS registra o maior número de óbitos desde julho do ano passado

Com 105 mortes por Covid-19, RS registra o maior número de óbitos desde julho do ano passado

Estado já contabiliza 37.290 vidas perdidas por conta da Covid-19

Felipe Samuel

Sistema de saúde do país deve enfrentar sobrecarga nos próximos 90 dias

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Com a escalada do novo coronavírus desde o início do ano, o Rio Grande do Sul registrou nesta terça-feira 105 mortes por conta da doença. É o maior número de óbitos confirmados em um dia pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) desde 13 de julho do ano passado, quando foram contabilizadas 107 vidas perdidas em decorrência de complicações da Covid-19.

As mortes divulgadas pela SES ocorreram de 15 de janeiro a 7 de fevereiro. A maioria dos casos aconteceu no período de 1º a 7 de fevereiro, totalizando 97 óbitos. Conforme dados da SES, 6 de fevereiro foi o dia mais letal, com 31 vítimas fatais, o equivalente a 30% do total divulgado hoje. Desde o início da pandemia, 37.290 pessoas perderam a vida no Estado por conta da Covid-19. Com mais 16.351 novos casos confirmados da doença, o total ultrapassa 1,9 milhão de infectados.

Na Capital, a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) seguia em patamar elevado, com 650 pacientes e taxa de lotação de 90,03%. Do total, 171 pacientes apresentavam diagnóstico de Covid-19. Em função do aumento das internações, a prefeitura confirmou hoje a abertura de 30 leitos de retaguarda no Hospital Vila Nova, dos quais 20 de enfermaria e 10 de UTI. Com o incremento, o hospital, que atende 100% via Sistema Único de Saúde (SUS), passa a contar com 583 leitos no total, sendo 50 de UTI.

O secretário Mauro Sparta afirmou que os leitos poderão ser utilizados para a internação de pacientes com a Covid-19 e garantiu que a ampliação dos leitos é mais um instrumento de apoio à saúde. De acordo com o presidente da Associação Hospitalar Vila Nova (AHVN), Dirceu Dal Molin, foram investidos R$ 470 mil nos novos leitos. As obras duraram cerca de três meses. No auge da pandemia, a instituição chegou a receber 40% dos pacientes com Covid-19 via SUS em Porto Alegre, com indicação para enfermaria.


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