No início da noite desta sexta-feira, 304 pessoas aguardavam por um leito de unidade de terapia intensiva (UTI) em Porto Alegre. A maioria deles, 227 pacientes, com Covid-19. Mesmo com a abertura de novos leitos nas últimas semanas, a ocupação da rede hospitalar da Capital aumenta diariamente e hoje 14 dos 18 hospitais monitorados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já não possuem mais vagas para pacientes graves.
Com 110,9% de superlotação nas UTIs, no início da noite desta sexta-feira, a rede hospitalar contava com 1.099 pacientes em estado crítico, dos quais 831 relacionados à doença (793 confirmados e 38 com diagnóstico suspeito). Dos 304 pacientes que aguardavam por leito de UTI: 227 pacientes tinham Covid-19 e outros 33 testaram negativo para a doença. Além disso, 44 aguardavam por leito em pronto atendimento.
Entre as instituições que registravam superlotação estavam os hospitais Moinhos de Vento (160,61%), Ernesto Dornelles (137,50%), São Lucas (133,90%), Clínicas (114,37%) e a Santa Casa (103,73%). Nos pronto atendimentos, a situação também era dramática. De acordo com a SMS, além da UPA Moacyr Scliar, as unidades de pronto atendimento da Bom Jesus, Cruzeiro do Sul e Lomba do Pinheiro operavam acima da capacidade máxima. Todas registravam ocupação pelo menos três vezes superior à capacidade instalada, com destaque para a da Bom Jesus, que registrava 528,57% de lotação, com 37 pacientes internados para 7 leitos.
A partir da próxima terça-feira, um Hospital de Campanha do Exército trará reforço à rede hospitalar no atendimento de pessoas com Covid-19. Instalado ao lado do Hospital Restinga, na zona Sul da Capital, a unidade terá 16 leitos clínicos e 4 de UTIs. Ao todo, 50 profissionais vão atuar no local.
Correio do Povo