Com forte vento, apenas 5 mil assistem a desfile cívico em Porto Alegre
Avenida Edvaldo Pereira Paiva foi percorrida em 1h20min com pouca participação da BM e Polícia Civil
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O desfile mais curto pode ser uma consequência da ausência parcial da Brigada Militar e da Polícia Civil. Segundo subcomandante da BM, coronel Andreis Dal’Lago, muitos integrantes da corporação passaram a noite anterior atuando no protesto na região central da cidade, como foi o caso do Batalhão de Operações Especiais (BOE). Da Polícia Civil apenas quatro viaturas entraram na avenida. A ausência das aeronaves, assim como ocorreu no ano passado, foi lamentada.
No palanque, as autoridades acompanharam a apresentação, inclusive o governador José Ivo Sartori, que teve o nome mais uma vez vaiado por parte do público e ao final não quis falar com a imprensa. Antes, ele participou da revista às tropas e, junto com o Comandante Militar do Sul, general-de-Exército Edson Leal Pujol, e o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati hastearam as bandeiras.
A apresentação das Forças Armadas - Exército, Marinha e Aeronáutica-, forças auxiliares e representantes de órgãos federais, estaduais e municipais, além de entidades civis, ocorreu sem transtornos. Conforme avançavam pela avenida, eram aplaudidos e ovacionados pelo público. Entre os momentos de maior emoção estiveram a passagem da Cavalaria e dos veículos das Forças Armadas, como tanques do Exército e embarcações da Marinha. Viaturas do Corpo dos Bombeiros, da Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal e EPTC também marcaram presença.
Segundo a Brigada Militar, cerca de cinco mil pessoas assistiram ao desfile, ocupando completamente as arquibancadas disponíveis, assim como o espaço ao longo da avenida, junto aos gradis. Quem presenciou o evento teve porém que enfrentar as condições climáticas não favoráveis. O vento forte, presente em todo o desfile, causou incômodos e aumentou a sensação de frio, o que fez com que muitas pessoas precisassem se agasalhar muito para acompanhar a apresentação.
A família da enfermeira Janifer Prestes acabou usando as bandeiras do Brasil e do Rio Grande do Sul para se aquecer. “Viemos cedo de Nova Hartz, onde moramos, para conseguir um bom lugar na arquibancada e viemos agasalhados, mas o frio está demais”, comentou ela. Esse foi o primeiro ano que a família assistiu ao desfile na avenida. “Queríamos mostrar ao nosso filho Bruno, que fará 8 anos amanhã (hoje), a importância de ser brasileiro. E que ele cresça tendo orgulho do seu país”, afirmou.
O mesmo sentimento de nacionalidade foi compartilhado por outras pessoas presentes, que carregavam junto ao corpo bandeiras do Brasil ou aplaudiam em respeito a passagem de militares e civis.