Com pouco movimento, táxi-lotações seguem com 40% da frota nas ruas de Porto Alegre

Com pouco movimento, táxi-lotações seguem com 40% da frota nas ruas de Porto Alegre

Pandemia impactou negativamente o setor do transporte coletivo na Capital

Gabriel Guedes

Setembro começou com apenas 40% da frota dos veículos nas ruas de Porto Alegre

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Os táxi-lotações foram cada vez menos sendo utilizados nos últimos meses por quem precisava se deslocar por Porto Alegre. Tanto é que setembro começa com apenas 40% da frota. “Situação não está nem um pouquinho diferente dos ônibus”, frisa o gerente executivo da Associação dos Transportadores de Passageiros por Lotação de Porto Alegre (ATL), Rogério Lago. 

Hoje, o sistema está distribuído em 31  linhas, com 16 ramais e soma 403 microônibus, além de outros 38 na categoria especial nas Linhas Restinga e Belém Novo, totalizando uma frota de 441 veículos. Mas de acordo com o Lago, não circulam mais 180 carros.

Momento complicado

Motorista de lotação há 22 anos, Leandro Barbosa Nunes, 48 anos, diz que o período atual está bem complicado. “Difícil é apelido. Tá feia a coisa”. Antes da pandemia, Nunes diz que fazia quatro voltas transportando entre 130 a 140 passageiros. “Hoje, em quatro voltas, colocamos 50, 60 pessoas. Quando dá ainda. Está horrível”, relata. 

O pouco movimento ainda impacta nos ganhos, já que alguns dos motoristas são remunerados também por comissão. Mas segundo o gerente executivo da ATL, a categoria tem sido auxiliada em caso de dificuldades. “Ainda venderam uma imagem falsa de perigo, de quem anda de lotação está em perigo. Nosso índice de contaminação é menos de 0,5%’, assegura Lago.

As semanas de maior pico durante a pandemia, conforme a ATL, foram aquelas entre final de maio e começo de junho. “É pouco movimento ainda, mas estamos numa situação ascendente”, avalia Lago. 

Para Nunes, que está no dia a dia das ruas da Capital, setembro começa com otimismo. “Está melhorando”, aponta. Para o motorista, a primeira quinzena do mês acaba sendo a melhor e a segunda com movimento mais fraco.

Para o representante da ATL, a bandeira laranja do Distanciamento Controlado e a possibilidade de uma abertura ainda maior de lojas e serviços, pode ajudar a melhorar a situação. “Estamos esperando esta retomada”, conclui.


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