Com protocolos sanitários, cemitérios recebem homenagens no Dia de Finados

Com protocolos sanitários, cemitérios recebem homenagens no Dia de Finados

Funcionários alertavam sobre o uso da máscara, do álcool em gel e de distância de pelo menos dois metros

Cláudio Isaías

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O Dia de Finados foi diferente nos cemitérios de Porto Alegre por conta da pandemia da Covid-19. As primeiras horas da manhã do dia 2 de novembro foram de pouco movimento nos cemitérios dos bairros Azenha e Medianeira, em Porto Alegre. A circulação de pessoas foi fraca nos cemitérios localizados na avenida Oscar Pereira - Santa Casa, São Miguel e Almas, São José e no João XXIII, na avenida Natal. Por volta das 11h, a circulação começou a aumentar na região dos bairros Azenha e Medianeira. Na entrada dos quatros cemitérios, os funcionários alertavam sobre o uso da máscara, do álcool em gel e que as pessoas mantivessem pelo menos de um a dois metros de distância. O local mais procurado pelos visitantes foi o cemitério da Santa Casa. Familiares e amigos começaram a chegar por volta das 8h para as homenagens aos entes queridos.

Na Santa Casa, além da lembrança a amigos e familiares, os fãs também reverenciaram ídolos que já morreram, como o cantor Vitor Mateus Teixeira, o Teixeirinha. O artista que faleceu em dezembro de 1985 recebeu flores no seu túmulo. Teve gente que levou equipamentos de som e colocou músicas do repertório do cantor tradicionalista.  No Campo Santo e no espaço Cruz das Almas, da Santa Casa, os visitantes acenderam velas e levaram flores para expressar seus sentimentos de amor e lembrança dos familiares. “As flores expressam a saudade da pessoa que já se foi”, ressaltou a técnica de enfermagem Ana Cristina Siqueira. Já a técnica em segurança do trabalho Marta Moraes afirmou que o Dia de Finados tem o significado de prestar uma homenagem à pessoa querida.

No cemitério São José, a dona de casa Marina Bernardes disse que foi ao cemitério para homenagear a mãe e o irmão já falecidos. Todas as pessoas que circularam pelos cemitérios estavam utilizando máscaras. Cartazes foram espalhados ao longo dos cemitérios com informações sobre o uso obrigatório de máscaras. Na entrada do São Miguel e Almas, o aposentado Henrique Souza explicou que foi cedo ao cemitério para evitar a aglomeração de pessoas. “Fiz minha homenagem com bastante tranquilidade e sem tumulto", ressaltou.

Nas duas entradas do São Miguel e Almas foram colocados cartazes sobre a necessidade do uso de máscara e da importância de manter o distanciamento. O São Miguel e Almas realizou uma missa, às 10h, restrita aos frequentadores. As visitas aconteceram das 8h às 18h. Já o cemitério Jardim da Paz organizou sete missas presenciais no dia de ontem, entre 9h e 17h. A capacidade dos encontros foi reduzida a 30 pessoas para garantir o distanciamento do público. As celebrações também foram transmitidas pela internet.

 


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