Com sete surtos, Porto Alegre registra 74 casos de caxumba em 2016
Três jogadores do Grêmio estão entre os atingidos pela doença
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De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, mais de 90% das ocorrências tiveram como vítimas jovens de 16 e 20 anos. A Pasta esclarece, ainda, que o termo ‘surto’ – usado para a ocorrência de dois ou mais casos relacionados, está relacionado a um espaço delimitado – quartel, creche, festa, por exemplo -, e não ao grau de gravidade.
No Brasil, a notificação de casos isolados não é obrigatória. A Vigilância em Saúde da prefeitura, no entanto, solicita a notificação de todos os surtos identificados na cidade.
No final de março, a Saúde emitiu Nota Informativa sobre a caxumba para a rede municipal de saúde. O documento reitera que a proteção contra a doença é garantida com a vacina tríplice viral (com componente sarampo, caxumba e rubéola), disponível na rede municipal para pessoas com até 49 anos de idade. Desde 2003, a dose é aplicada em todas as crianças aos 12 meses, com reforço aos 15.
A melhor maneira de controlar a doença é manter altas coberturas vacinais, o que resultou em diminuição importante na incidência da doença. Atualmente, há relatos de surtos no mundo (Holanda, França), no Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte) e, também, dentro do Rio Grande do Sul (Porto Alegre e Canoas).
O que é
A caxumba (parotidite infecciosa) é uma doença viral que provoca aumento de glândulas salivares, geralmente parótidas (uni ou bilateral), dor e febre. A transmissão se dá por via aérea, através da disseminação de gotículas ou pela saliva. A incubação pode ser de 12 a 25 dias, em média 16 a 18 dias, e a transmissão ocorre seis dias antes das manifestações clínicas e vai até nove dias após o surgimento dos sintomas. O tratamento envolve repouso e analgésicos.