Com setor neonatal superlotado, Hospital Fêmina orienta gestantes a buscarem outros locais

Com setor neonatal superlotado, Hospital Fêmina orienta gestantes a buscarem outros locais

Segundo o diretor técnico do GHC, Francisco Zancan Paz, há 12 leitos ocupados para 10 unidades na UTI Neonatal

Felipe Faleiro

Hospital está com o setor neonatal atuando acima de sua capacidade

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O Hospital Fêmina, administrado pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC), orientou gestantes a procurarem outras unidades de saúde neste domingo de Páscoa para realização de partos, informando ainda que o local destinado a atendimento a grávidas e recém-nascidos está atuando acima de sua capacidade. De acordo com o diretor técnico do GHC, Francisco Zancan Paz, há 12 leitos ocupados para 10 unidades na UTI Neonatal, que atende recém-nascidos, e ainda mais dois em uso por um parto de gêmeos em andamento.

Já a unidade intermediária, que tem 20 leitos, tem 31 internados. “Desta forma, não podemos receber nenhum outro parto por falta absoluta de leitos neonatais. Só poderemos atender quando tivermos disponibilidade”, observa o diretor. Na obstetrícia, a situação neste domingo é um pouco mais tranquila: 44 leitos totais e 33 ocupados. “Está havendo superlotação das UTIs neonatais devido às restrições de outros serviços e aumento da demanda. A situação é dinâmica e reavaliada seguidamente. Havendo liberação de leitos, podemos reverter”, salienta ele.

Em outros hospitais, a situação é variável. De acordo com o painel de monitoramento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a ocupação de leitos pediátricos no Hospital de Clínicas chegou neste domingo a 84,6%, ou 11 pacientes para 13 operacionais. A situação das emergências pediátricas, motivada pelo aumento de casos de doenças respiratórias, preocupa na Capital, motivando campanhas como a lançada na semana passada pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), intitulada S.O.S. Emergência Pediátrica. 

Porém, a lotação deste domingo no Fêmina não é causada pelo crescimento de pacientes com problemas respiratórios, e sim pelo número elevado de gestantes necessitando de atendimento, especialmente em trabalho de parto. Também na semana passada, a SMS havia afirmado que abriria, em um prazo de duas semanas, mais sete leitos pediátricos no Hospital Restinga e Extremo Sul e outros 20 leitos de enfermaria no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV).


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