Comerciantes protestam contra onda de violência em Butiá

Comerciantes protestam contra onda de violência em Butiá

Lojas foram fechadas após as 12h e CDL reivindicou maior segurança à prefeitura municipal

Correio do Povo

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A cidade de Butiá, na região Carbonífera, fechou totalmente o comércio às 12h desta terça-feira e, com a participação de comerciantes e comerciários realizou uma passeata até a prefeitura, onde a presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Rosângela Ferreira Souza, entregou ao prefeito Paulo Machado um manifesto pedindo providências do Executivo para aumentar a segurança no município.

A paciência dos comerciantes acabou após a onda de crimes violentos que aconteceram durante as festas de Ano-Novo. Assaltantes armados atacaram dois supermercados e uma lotérica, realizando inclusive sequestro de filhos de empresários. A cidade dispõe de um efetivo de sete agentes na Delegacia da Polícia Civil e não mais do que 20 policiais na Brigada Militar.

Inspetor de polícia e vereador em seu terceiro mandato, Mauricio Roni de Souza explica que Butiá passou a conviver com a criminalidade há poucos anos e atribui o fenômeno ao consumo de crack. “São comuns os arrombamentos de lojas e furtos em casas”, comenta.

Segundo ele, a situação complicou a partir de dezembro quando usuários de crack começaram a formar quadrilhas e a se unir com criminosos de outras cidades. Investigações mostram ligações até com a quadrilha dos “Bala na Cara”, de Porto Alegre. “A partir daí, os crimes ficaram mais violentos e mais sofisticados”, atesta.

A CDL tem hoje 162 associados, mas o município de 24.450 habitantes soma mais de 400 empresas entre micro e médios empresários. “Butiá precisa de maiores efetivos, melhor armamento e equipamentos eletrônicos. Hoje existe uma única câmera de monitoramento no Centro da cidade, mas está desligada”, lamenta Souza.

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