Compras de Páscoa de última hora levam consumidores às lojas

Compras de Páscoa de última hora levam consumidores às lojas

Atividades não essenciais, que incluem o comércio e os restaurantes, foram liberadas para funcionar neste sábado

Taís Teixeira

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As atividades não essenciais, que incluem o comércio e os restaurantes, foram liberadas para funcionar somente no sábado (03), das 5h até as 20h, conforme anúncio do governador Eduardo Leite na quinta-feira. No entanto, a suspensão se manteve na sexta-feira (02) e continuará no domingo (04).

A situação, que atendeu a um pedido do setor, possibilitou a prática do “velho” hábito de deixar as compras para última hora, que não muda nem mesmo com a situação crítica da pandemia. Os motivos são variados, desde a falta de tempo até valores promocionais.

Na rua dos Andradas, centro de Porto Alegre, uma fila longa se formou em frente a uma loja. O construtor Dari Camargo estava com a filha de sete anos para comprar chocolates para os filhos e netos. A falta de tempo explica o porquê de estar na fila. A Páscoa deste ano será mais tímida, já que o orçamento está menor. “Diminuiu muito o trabalho com a pandemia, mas tem que dar alguma coisa para as crianças”, explica.

A cuidadora de idosos, Adriana da Silva Barcelos, que estava acompanhada da filha de dez anos, deixou para a última horas para tentar barganhar melhor preço. “Tem muita promoção e estou aqui para comprar para minha filha pequena e mais dois netos”, reforça. As demais lojas, que vendem artigos e produtos não relacionados à Páscoa, como bazares, materiais escolares, roupas e calçados estavam quase vazias, já que o público se concentrou nos locais que disponibilizaram ovos de Páscoa.

No bairro Cidade Baixa, o movimento dos restaurantes estava baixo. Poucas pessoas estavam tanto nas mesas dispostas ao ar livre como nas que estavam na parte interna. O proprietário do Via Imperatore, Adilar Biasibetti, disse que até 12h40min apenas nove pessoas. Desde o dia 20 de fevereiro, quando as atividades econômicas começaram a ter restrições de horários, a situação não tem sido muito diferente. “Servíamos cerca de 350 refeições por dia e agora fica em torno de 70, 80”, destaca.

Biasibetti diz que o movimento representa 25% do total que se tinha no mesmo período de 2019, antes da pandemia, mas que ainda é um retorno muito baixo. “Tínhamos 26 colaboradores, tivemos que reduzir para a metade, e estamos com 13”, ressalta. 


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