Comunidade se despede de irmã Cláudia, vítima de acidente na ERS 030

Comunidade se despede de irmã Cláudia, vítima de acidente na ERS 030

Velório foi realizado nesta quarta-feira em Santo Antônio da Patrulha

Nildo Júnior

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Santo Antônio da Patrulha está triste. Principalmente as crianças pobres da cidade. Elas perderam a mãe no acidente o ônibus da Unesul no Dia de Terno de Reis. A irmã Cláudia foi velada nesta quarta-feira na Igreja Santo Antônio. Nascida Irma Maria Christ, em 11 de novembro de 1933, no distrito de Arroio Feliz, no município de Feliz, era religiosa desde os 15 anos, quando entrou para o convento para realizar o juvenato. Depois virou noviça em 1955 na Congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora, em Forquilhinha (SC).

Irmã Cláudia chegou a Santo Antônio da Patrulha em 1968, seu segundo lar. Tinha conhecimentos de enfermagem, mas foi por causa de sua saúde que precisou ir a Porto Alegre para realizar exame médico acompanhada da irmã Blandina. Como o exame foi cancelado, as duas procuraram pelo primeiro ônibus que as levassem para casa.

A irmã Beatriz Hobold redigiu o histórico da irmã Cláudia para ser lido em todas as três missas realizadas de corpo presente. A última missa, realizada às 15h, contou com a presença do bispo dom Jaime Pedro Kohl, titular da Diocese de Osório.

O ex-motorista da Unesul Antenor da Silva Costa, de 59 anos, lamentou a fatalidade. “Sempre trabalhei em Santo Antônio da Patrulha e conheci bem a irmã Cláudia. Era uma pessoa maravilhosa, sempre disposta a ajudar a quem precisasse. Ela arrecadava alimentos para distribuir aos mais pobres”, afirma.

O pároco da Igreja Santo Antônio, padre Ozéas Vieira dos Santos, lembra que a Irmã Cláudia foi uma das precursoras da Pastoral da Criança no Estado. “Ela tinha um jeito de mãe, uma hora era amável, outra cobrava forte. Todos gostavam muito dela. Era a mãe de todas as crianças de Santo Antônio da Patrulha”, completou.

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