Concessionária devolve o Galeão e governo decide licitar juntos os dois aeroportos do RJ

Concessionária devolve o Galeão e governo decide licitar juntos os dois aeroportos do RJ

CAI segue administrando o terminal aéreo até o fim do processo

R7

Concessionária garantiu administrar terminal até novo leilão

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O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, concedeu entrevista coletiva, nesta quinta-feira, sobre a situação do Aeroporto do Tom Jobim, o Galeão (RJ), depois que a concessionária CAI (Changi Airport International) formalizou junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a decisão do conselho da empresa de devolver o terminal à União. Freitas disse que, já que o Galeão está sendo devolvido, não há mais sentido fazer uma nova licitação de forma isolada. “O que vamos fazer a partir de agora? Vamos estudar os dois aeroportos (Galeão e Santos Dumont) conjuntamente. Então vamos avaliar a concessão de Galeão e Santos Dumont em conjunto”, anunciou.

O ministro também disse ter certeza de que “isso responde bastante pela preocupação manifestada pelo setor produtivo do Rio de Janeiro e pelo governo do estado”. Freitas explicou como fica a gestão do terminal aéreo após a devolução. A CAI detém 51% da empresa gestora do aeroporto. Os 49% restantes permanecem com a Infraero.

O ministro disse que, na oitava rodada de licitações de aeroportos, um mesmo operador vai poder explorar o Galeão e o Santos Dumont. “Essa é a grande consequência da antecipação da devolução por parte da Changi (concessionária)“, completou.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), se reuniu em meados de janeiro com o presidente Jair Bolsonaro para tratar sobre o edital de concessão do Santos Dumont e reclamou do formato aprovado pela Anac para a privatização.

O governador temia prejuízo para o Galeão em caso de a concessão do Santos Dumont ser aprovada nos moldes do governo federal. Segundo ele, é preciso ‘ter um equilíbrio entre os dois (aeroportos) para que um não prejudique o outro”.

“Nossa questão toda é não criar uma canibalização entre o Santos Dumont e o Galeão. O Galeão é importantíssimo, porque é nosso aeroporto internacional, e hoje está vazio, também por conta do Santos Dumont. Acaba fazendo com que esses aeroportos virem rivais. Um tem que ser parceiro do outro. Espero que consigamos chegar a um acordo”, pontuou.

A concessionária que opera o Aeroporto Internacional Tom Jobim encaminhou um pedido de relicitação da concessão. Garantiu em nota, no entanto, que até o fim desse processo, segue responsável pela operação do terminal aéreo.

A CAI assumiu o Galeão em 2014, mas afirmou em nota que com a profunda recessão econômica pela qual o Brasil passou, e devido à queda na demanda global por commodities, o fraco crescimento econômico do causou uma queda no tráfego total de passageiros de cerca de 7%.

“Já em 2020, quando o setor aéreo mal havia se recuperado ao nível de 2013, a pandemia de Covid-19 provocou uma queda de 90% do número de voos no Brasil e enfraqueceu ainda mais as condições de operação do aeroporto”, acrescenta a nota.


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