Conferência sobre clima é prorrogada por falta de acordo
Líderes mundiais continuam negociando
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Um novo esboço da declaração final derrubou o prazo de 2010 para que seja alcançado um acordo climático com força de lei. O material, obtido pela Associated Press, não menciona nenhum prazo. Assim como rascunhos anteriores, o texto que circulava nesta sexta-feira por Copenhague referia-se a "profundos cortes" nas emissões globais de gases causadores do efeito estufa, mas sem mencionar números específicos.
Chefes de Estado e de governo de mais de 120 países estão reunidos em Copenhague em busca de um acordo climático capaz de suceder o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.
O esboço prevê ainda cortes de pelo menos 50% das emissões de gases causadores do efeito estufa até 2050, baseando-se nos níveis de 1990. Com isso, seria possível garantir que a temperatura não suba mais de 2ºC, segundo o rascunho obtido pela Dow Jones.
Os países ricos se comprometeram a reduzir suas emissões em pelo menos 80% até 2050, afirma o texto. Aparentemente, os EUA poderiam estar sujeitos a outro índice.
"É difícil, mas não queremos um acordo medíocre", afirma Sarkozy
"Não queremos um acordo medíocre" sobre o clima, afirmou o presidente da França, Nicolas Sarkozy, ao término de uma reunião com outros 26 países da União Europeia (UE). Ele destacou que está sendo "difícil" negociar na conferência de Copenhague.
Sarkozy conversou com a imprensa ao sair de um encontro com representantes dos 27 países da UE, entre eles a chanceler Angela Merkel e o premier sueco Fredrik Reinfeldt, além de Lars Loekke Rasmussen, premier dinamarquês e presidente da conferência da ONU sobre o clima em Copenhague, e José Manuel Barroso, presidente da Comissão Europeia.
Eles se reuniram para discutir as dificuldades para finalizar um acordo sobre a luta contra o aquecimento climático.