Confirmadas mortes de militares em incêndio na Antártica
Avião com brasileiros resgatados da Estação Comandante Ferraz deve voltar ao Brasil neste domingo
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O ministro da Defesa, Celso Amorim, confirmou neste sábado a morte dos dois militares brasileiros que haviam desaparecido durante incêndio na Estação Comandante Ferraz, na Antártica. O suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e sargento Roberto Lopes dos Santos, ambos da Marinha. Eles participavam do grupo de apoio que tentava apagar o incêndio originado na casa de máquinas da base.
“Num ato de heroísmo, eles estiveram justamente no local de maior risco, na tentativa de debelar o incêndio e não conseguiram. Todos os pesquisadores e funcionários civis foram resgatados e já se encontram no continente, no Chile, e amanhã já devem estar de volta ao Brasil”, disse Amorim.
Segundo o ministro, 12 militares da Marinha, inclusive o comandante da base, ficaram na base chilena, que é vizinha à brasileira na Ilha Rei George, na Antártica. Eles devem retornar a Comandante Ferraz, para ajudar no trabalho de perícia e no resgate dos dois corpos. Um navio da Marinha brasileira também se deslocou para a Ilha Rei George, para ajudar na tarefa.
Resgatados devem chegar até segunda
O Hércules C-130, da Força Aérea Brasileira (FAB), enviado ao Chile para resgatar os militares e pesquisadores retirados da Estação Comandante Ferraz deve chegar a Punta Arenas, no Sul do país, às 3h da madrugada deste domingo, no horário de Brasília.
Os brasileiros foram retirados da base depois do incêndio iniciado na madrugada de hoje e levados a Punta Arenas, por um avião argentino. De lá, eles vão embarcar no avião da FAB, de volta ao Brasil.
Segundo a Aeronáutica, a viagem deve durar nove horas. A aeronave só deve pousar na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, entre a tarde de domingo e a madrugada de segunda-feira.