Conselho da Comunidade de Porto Alegre toma posse
Entidade que estava desativada desde 2013, terá 33 integrantes
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A nova gestão do Conselho da Comunidade de Porto Alegre (CCPOA) tomou posse nesta segunda-feira, em cerimônia conduzida no auditório Otávio Stefanello no sexto andar do Palácio da Justiça, no Centro de Porto Alegre. A presidente Nilsa Terezinha de Figueiredo assume como dirigente da entidade junto aos 33 integrantes oriundos de diversas áreas de atuação, como a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul, a Ordem dos Advogados do Brasil do Rio Grande do Sul (OAB/RS), curso de Direito da Unisinos, Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e representantes religiosos, entre outros. O CCPOA existe há cerca de 20 anos, mas estava sem atividades desde 2013, voltando à ativa por iniciativa do juiz vara de execução de penas e medidas alternativas da comarca de Porto Alegre, Sandro Luz Portal. O objetivo do conselho é dar apoio social e até material para a população carcerária que está nas oito casas prisionais de Porto Alegre.
A presidente, que é psicóloga e trabalha há 20 anos nessa área,acredita que por meio desse trabalho, pode ser possível ressocializar os presos, mas para isso, o trabalho precisa começar dentro da prisão. “Hoje ele está contido, mas um dia estará contigo”, disse. Ela argumenta que o sistema hoje é uma “escola do crime”, onde os presos saem pior e “cobram” da sociedade quando estão em liberdade. Nilsa adianta que já tem um planejamento estratégico estabelecido de visita às casas prisionais para começar esse trabalho de atenção.
O pastor Mauro Padilha é um dos conselheiros e está na entidade desde 2015. Ele destaca o papel da religião na entidade. “O nosso trabalho no Conselho da comunidade é procurar dar assistência religiosa tanto aos encarcerados como também aos egressos do sistema prisional e as suas famílias”, esclarece. Padilha frisa que o trabalho vai além disso. “Também engloba a assistência social que o preso, recuperando, precisa”, enfatizou.
O juiz Sandro Luz Portal reitera que está retomando as atividades do porque o conselho da comunidade que não se encontrava em funcionamento justamente na comarca da Capital. “Em função da importância do Conselho para inserção da comunidade no processo de ressocialização é que eu tomei iniciativa de chamar retomar o processo para reaproximar a comunidade da execução penal”, ressaltou.
Atualmente o RS, tem 156 presídios e mais de 40 mil pessoas presas no sistema prisional.