Conselho de Secretarias entra na Justiça para garantir repasses em Saúde no RS

Conselho de Secretarias entra na Justiça para garantir repasses em Saúde no RS

Prefeitura de Canoas também entrou com ação para garantir verbas

Lucas Rivas / Rádio Guaíba

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Após a Prefeitura de Canoas, o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul também confirmou ter entrado na Justiça, nesta segunda-feira, para garantir os pagamentos em atraso na área da Saúde. A Secretaria Estadual da Saúde (SES) informou que ainda não tomou conhecimento das ações. O Piratini só deve se pronunciar depois disso. Na semana passada, o Conselho já havia procurado o Ministério Público, que confirmou a abertura de um inquérito civil público sobre os atrasos em repasses.

Segundo levantamento do Conselho, R$ 80 milhões não foram repassados em maio e R$ 122 milhões em junho às 497 prefeituras e os hospitais filantrópicos do Rio Grande do Sul. O passivo acumulou depois que o Palácio Piratini restringiu os repasses para manter em dia o pagamento do funcionalismo, segundo nota divulgada pela Pasta.

O presidente do Conselho de Secretarias, Marcelo Bósio, adverte que a falta dos recursos vem trazendo dificuldades gravíssimas aos municípios, principalmente no atendimento da Atenção Básica, nos serviços de urgência e emergência, no Serviço Móvel de Urgência (Samu), nas Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), nos Centro de Atendimento Psicossocial (CAPSs). “Estamos numa situação de alerta, pois a crise nos colocou numa situação muito complicada. Estamos caminhando para um processo que talvez termine na UTI”, alertou.

A Secretaria da Saúde alegou, porém ter efetuado o pagamento de R$ 35 milhões aos hospitais, o que equivale a 40% dos incentivos estaduais referentes ao mês de maio na semana passada. Ainda em junho, o setor hospitalar já havia recebido um repasse de R$ 18,7 milhões do Tesouro do Estado e outros R$ 55,1 milhões em recursos federais. Com isso, neste ano os hospitais já receberam um total de R$ 922 milhões, entre recursos do Tesouro Estadual e oriundos do governo federal.

Esse foi o primeiro mês em que o Palácio Piratini não teve condições de pagar em dia os recursos destinados a hospitais. Mesmo com a crise agravada no setor, a Pasta da Saúde se comprometeu em manter a aplicação dos 12% de receita para o setor, conforme estabelece a Constituição.

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