Construção da Rodovia do Parque está em andamento, assegura Dnit

Construção da Rodovia do Parque está em andamento, assegura Dnit

TCU recomendou a suspensão do envio de recursos para a obra

Karina Reif / Correio do Povo

Dnit organizou vistoria para mostrar andamento dos serviços

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Após o Tribunal de Contas da União (TCU) ter recomendado a suspensão de envio de recursos para a construção da BR 448, a Rodovia do Parque, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) organizou uma vistoria nesta segunda-feira para mostrar o andamento dos serviços, que não foram interrompidos. “Queremos que as pessoas saibam da importância desta obra. A expectativa é de que os parlamentares entendam a necessidade e que ela não pare”, disse o superintendente regional, Pedro Luzardo Gomes.

Os deputados federais Paulo Pimenta (PT), presidente da Comissão Mista do Orçamento (CMO) no Congresso Nacional, e Mauro Lopes (PMDB-MG), que coordena o Comitê de Avaliação das Informações sobre Obras e Serviços com Indícios de Irregularidades Graves (COI) fizeram um sobrevoo de helicóptero para verificar o trabalho na região Metropolitana. A estrada vai ligar Porto Alegre a Sapucaia do Sul, passando por Esteio e Canoas. Mais de 61% da Rodovia do Parque, cujo prazo para a entrega é 2014, já está executada. O projeto é um dos 22 em que foram encontradas irregularidades e suspeita de superfaturamento. O apontamento é de sobrepreço de R$ 115 milhões na BR 448. A duplicação da BR 116 também foi questionada no relatório do TCU.

Pimenta explicou que a Rodovia do Parque foi escolhida como um símbolo e audiências públicas serão realizadas hoje e amanhã para debater o assunto. Depois, todas as 22 obras serão votadas pelos parlamentares. A justificativa para a manutenção está na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), segundo o deputado. “Deve-se considerar os aspectos sociais, econômicos e a importância do empreendimento”, afirmou.

“Viemos ver de perto, porque no papel não se tem a grandeza da obra. Ela é a maior do Dnit do País e a mais importante”, explicou Lopes. Segundo ele, o TCU auxilia o Congresso, mas a última palavra sobre a suspensão dos recursos é dos deputados. A expectativa é de que a questão seja resolvida até o final de dezembro para que não haja prejuízo no andamento da obra, que deve absorver 40% do fluxo de 140 mil veículos que passam pela BR 116 todos os dias. “Temos que cuidar dos recursos públicos, mas ter também responsabilidade com a mobilidade”, garantiu Lopes, dizendo que a
interrupção do projeto seria um prejuízo incalculável. “A impressão que tivemos hoje é das melhores. Essa obra não é barata, porque está em uma região de pântanos. Não é uma obra comum”, avaliou.

Segundo o Dnit, 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul passa pela BR 116. Por isso, o órgão projeta que os engarrafamentos gerem um prejuízo anual de R$ 624 milhões. A BR 448 vem com a promessa de desenvolver a economia e estudos apontam que ela pode ser estendida até Novo Hamburgo, ou Estância Velha. O secretário de fiscalização de obras do Tribunal de Contas da União (TCU), José Ulisses Rodrigues Vasconcelos, o deputado federal Ronaldo Zulke (PT), prefeitos da região e engenheiros do Dnit também participaram da vistoria.

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