Contra demissões, funcionários do Hospital São Vicente de Paulo fazem manifestação em Osório

Contra demissões, funcionários do Hospital São Vicente de Paulo fazem manifestação em Osório

A paralisação de serviços pelo SUS resultarão em até 60 demissões até novembro

Correio do Povo

Direção do hospital alega déficit de R$ 1,3 milhão por mês

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Funcionários do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), em Osório, realizaram um manifesto em frente a Instituição na manhã desta sexta-feira. Nesta semana, o diretor-presidente da unidade, Marco Aurélio Pereira, anunciou que o hospital vai parar de atender alguns atendimentos que faz pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até novembro, serão paralisados totalmente os serviços de urgência e emergência do hospital e a obstetrícia. Estão previstas pelo menos 60 demissões no quadro de funcionários.

Dali, o grupo de funcionários foi até a prefeitura e Câmara Municipal. No legislativo, foram recebidos pelos parlamentares. Na próxima segunda-feira, uma audiência pública será realizada pelos vereadores para debater o assunto. “Queremos um entendimento entre Prefeitura e direção do hospital, para que possamos manter os serviços e os funcionários com emprego”, explicou a técnica de enfermagem do HSVP, Denise Eberhardt, integrante da Comissão de Funcionários, formada para tratar do assunto.

A profissional de saúde lembrou que os serviços que serão fechados, além de serem referência para sete municípios da região, podem não ter sua demanda suprida por outros hospitais da região. “Nós temos 400 gestantes, somente em Osório no pré-natal. A médio e a longo prazo, esses serviços podem ser realocados, mas demora um tempo. Até lá, esses pacientes ficarão desassistidos”, argumentou.

O HSVP tem um custo de R$ 3 milhões por mês, e uma receita mensal de R$ 1,7 milhão. Com o deficit, a diretoria do hospital não tem alternativa a não ser reduzir os custos. As tratativas com o poder público não avançaram. “Todas reuniões, com o governo do estado e municípios não evoluíram”, contou o diretor-presidente da unidade, Marco Aurélio Pereira.

Segundo ele, os dois serviços que serão paralisados não zeram as perdas do hospital. “Os dois juntos hoje somam R$ 400 mil de prejuízo, ainda teremos prejuízo.” Ele reforça que é necessário o aporte de recursos, ou do Governo do Estado, ou dos outros municípios que são atendidos. “Não tem varinha mágica. Se não houver dinheiro, os serviços irão parar.”

Em resposta a Secretaria Estadual de Saúde enviou a seguinte nota:  O hospital de Osório possui contrato em vigência com o Estado do RS para prestação de serviços SUS. O contrato com Associação Beneficente São Vicente de Paulo de Osório, está vigente até de janeiro 2025. A SES/RS ainda não recebeu nenhum comunicado oficial do hospital.


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