Contrapartidas ambientais do Cais Mauá são impraticáveis, diz investidor
Consórcio busca negociação com poder público para compensar cerca de R$ 45 milhões
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O representante dos investidores, diretor-presidente da NSG Capital, Luiz Eduardo de Abreu, fala que o esperado eram contrapartidas na ordem de R$ 5 milhões, e que agora vai ser preciso negociar uma solução com o poder público. Entre as alternativas, Luiz Eduardo sugere que se estendam os prazos de pagamento do aluguel da área. Outra proposta é que o poder público autorize mais áreas construídas além das duas torres e do shopping pensados para a região do Cais.
“A gente quer ajudar, mas precisa de ajuda para ajudar. Porque a gente vai fazer coisas que estão fora da nossa área. Nesse valor não é razoável. A compensação veio em um volume não previsto. Eu não sei o que fazer senão negociar”, afirmou o executivo em entrevista pouco antes de apresentar o projeto de revitalização do Cais no evento Tá na Mesa, da Federasul.
Abreu ainda garantiu que a consórcio vai ceder parte da área do Cais para operação do catamarã e dos barcos de passeio do Guaíba. A ideia é criar um atracadouro coletivo para barcos privados e de turismo e outro próximo dos terminais de ônibus e trem, para o catamarã.
Além de áreas de lazer abertas e de diversos espaços comerciais e de alimentação, o executivo relatou que também está em avaliação a instalar um aquário e de uma roda gigante. Entretanto, evita indicar um calendário para as obras, rejeitando inclusive o prazo de 2015 citado anteriormente.
Para a Copa, entretanto, o executivo garante o funcionamento de uma área aberta com telão para visualização dos jogos, mostra da maquete do projeto e uma praça de alimentação com gastronomia tradicional do Rio Grande do Sul. Nesse primeiro momento, somente o pórtico central e os armazéns A e B estarão funcionando.
Como o muro da Mauá teve a permanência garantida por contrato, o grupo trabalha com três possibilidades para melhorar a estética do local. A primeira é que o muro possua uma lâmina de água. A segunda prevê que o muro seja ornamentado com iluminação especial. Por fim, existe a ideia de transformar o muro em espaço de arte de rua para grafiteiros.
Sobre o público consumidor, Abreu esclarece que o objetivo é oferecer tanto espaços de alimentação e consumo para as camadas menos abastadas, nas proximidades das estações de ônibus e trem, como outras mais refinadas no restante do espaço.