Contrapartidas e tombamento podem tirar do papel reforma do Viaduto Otávio Rocha

Contrapartidas e tombamento podem tirar do papel reforma do Viaduto Otávio Rocha

Recuperado no início dos anos 2000, complexo ainda sofre com ações de vandalismo e depredação

Rádio Guaíba

Recuperado no início dos anos 2000, complexo ainda sofre com ações de vandalismo e depredação

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Uma reunião no gabinete do vice-prefeito, Sebastião Melo, tratou nesta quinta-feira da busca de alternativas para revitalizar o Viaduto Otávio Rocha, inaugurado em 1932 no Centro Histórico de Porto Alegre. O assessor jurídico da Associação Representativa Cultural e Comercial do Viaduto (Arcov), Felisberto Seabra Luisi, informou que o valor necessário para recuperar a estrutura, na avenida Borges de Medeiros, é hoje de R$ 17 milhões.

Para Melo, podem ser buscadas contrapartidas com a iniciativa privada para a revitalização. Já o secretário de Desenvolvimento, Edemar Tutikian, deixou claro que a prefeitura não dispõe de verba prevista para custear a obra na íntegra.

A arquiteta da Secretaria Municipal da Cultura Briane Bicca propôs que o Viaduto seja tombado como patrimônio histórico federal ou, até mesmo, internacional. De acordo com ela, a medida facilita a captação de recursos para a revitalização. Já o autor do projeto, arquiteto Alan Furlan, se comprometeu a formatar e repassar o levantamento histórico da edificação para o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Na próxima semana, o grupo volta a se encontrar.

O Viaduto Otávio Rocha começou a ganhar vida em 1914. O primeiro Plano Diretor da cidade previu que a abertura de uma rua para ligar as zonas leste, sul e central de Porto Alegre, até então isoladas pelo chamado “morrinho”, era esteticamente necessária. As escavações que rebaixaram o morro e permitiram a construção do Viaduto tiveram início com o plano de embelezamento da cidade.

O viaduto foi tombado pelo município em 1988 e, entre 2000 e 2001, completamente recuperado. Com a reforma, todas as 36 lojas foram revitalizadas, ganhando pisos novos, esquadrias e instalações elétrica, hidráulica e telefônica. Apesar disso, o viaduto ainda sofre com ações de vandalismo e depredação.

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