Contrato do catamarã da zona Sul da Capital será assinado nesta quinta-feira
Horários e data de início da operação devem ser revelados na cerimônia
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Um processo de manifestação de interesse na linha de catamarã foi publicado pela prefeitura em 16 de dezembro de 2011. A definição da empresa interessada – a única que apresentou proposta foi a Catsul – se deu em fevereiro de 2012. O contrato é de um ano, prorrogável por mais um, para que, só depois, o serviço seja licitado. A empresa municipal e a Metroplan também já estão trabalhando para que as linhas do Catamarã de Porto Alegre e Guaíba possam operar de forma integrada.
Quanto à operação da outra linha, de Guaíba até a zona Sul de Porto Alegre, o início depende de aval da Agência Gaúcha de Serviços Públicos Delegados (Agergs), o que não é necessário para o trecho dentro de Porto Alegre. A decisão da agência reguladora sai na quinta-feira da próxima semana.
Na sexta-feira, a CatSul deve fazer uma viagem inaugural fechada do catamarã entre Guaíba e a zona Sul, às 15h, com paradas nos três piers, e divulgar a planilha de horários e trajetos da operação comercial, ainda sem data exata para começar. A tarifa da nova travessia deve ser a mesma cobrada atualmente entre Guaíba e o Centro da Capital, de R$ 7,35.
Integração ainda é um impasse
A Metroplan já deixou claro que, assim, que o aval for emitido, já vai permitir que haja integração entre as linhas urbana e intermunicipal. Mas a Agergs entende que é preciso documentação extra. O superintendente da Metroplan, Oscar Escher, garante que a documentação encaminhada desde o início do processo previa essa possibilidade. Mas o conselheiro-presidente da Agergs, Carlos Martins, cita como dificuldades técnicas a falta de convênio entre a prefeitura e o Estado, os termos da licitação de 2011 e, ainda, o fato de a CatSul ter sido criada com a natureza jurídica de transportadora intermunicipal.
“A documentação permite que os usuários do catamarã tenham duas opções de embarque para se dirigir a Guaíba ou duas opções de desembarque para vir de Guaíba a Porto Alegre. Neste aditivo contratual encaminhado, não há previsão do transporte municipal hidroviário. Há vedação na natureza jurídica da CatSul, que foi uma exigência feita desde a licitação original, há o problema do convênio com o município de Porto Alegre e esse processo licitatório que não pode ser desvirtuado do objeto inicial. São questões técnicas que impedem, neste primeiro momento, que o trajeto ocorra”, sustenta Martins. Já a Metroplan questiona a competência da Agergs para aplicar multas nesse processo e não teme sanções se liberar a linha integrada.
Na prática, também não está claro se a Catsul vai ou não poder usar os mesmos catamarãs para fazer os trajetos urbano e entre Porto Alegre e Guaíba.