Cor do mar incomoda veranistas em Capão da Canoa
Crianças foram as que mais aproveitaram a quarta-feira de sol brincando na água
publicidade
A advogada pelotense Fernanda Araújo, que há 4 anos veraneia no balneário, não se mostrava nada animada. Mas por outro lado tentava fazer com que o sobrinho de 2 anos, Antônio, perdesse o medo da água. “Ele não quer entrar de jeito nenhum. Não gosta nem de pisar na areia”, disse ela, enquanto que o garotinho, chorando muito, tentava escapar de seus braços e fugir para a parte seca da praia. “O irmão gêmeo dele é o contrário. Não está nem aí”, riu ela. Fernanda acrescenta esperar que a água fique mais limpa até o fim da semana.
Longe da água, a fonoaudióloga Patrícia Netto, de Porto Alegre, e a amiga Júlia Beck, dentista também da Capital, observavam as filhas pequenas brincando na beira da praia. “As crianças não se importam com esta água. Mas eu, de jeito nenhum, vou me sujar”, garantiu Patrícia. “Este mar me lembra a infância, quando as coisas já eram assim, e as pessoas diziam: vamos lá tomar um banho no mar Nescau”, recordou.
Algas
Enquanto isso, ali perto o professor de surf Beto Diehl, 49 anos, de Porto Alegre, orientava alguns alunos a se equilibrarem em suas pranchas. “O agito do mar é bom para o aprendizado deles. A cor da água não é problema. São algas”, garantiu. Porém ele disse que, devido ao grande número de pessoas que estão na praia no verão, esta cor marrom forte não é só devido as algas. “Vai se saber se não tem excrementos humanos aí”, lamentou.