Corpo de Niemeyer é enterrado ao som de "Cidade Maravilhosa" no Rio

O corpo do arquiteto Oscar Niemeyer foi enterrado no fim da tarde desta sexta-feira, ao som das músicas "Cidade Maravilhosa" e "Carinhoso", tocadas pela Banda de Ipanema. O conjunto tinha o arquiteto como patrono desde 2010. Cerca de 400 pessoas assistiram ao sepultamento, o que contrariou a decisão da família, que era de fazer uma cerimônia fechada.

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Ao contrário do que chegaram a informar familiares do arquiteto e funcionários do Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, Niemeyer foi sepultado em um simples carneiro (sepultura perpétua) e não em um mausoléu. Comunistas jovens e velhos, enquanto o corpo descia a sepultura, chamavam em alto e bom som: “Companheiro Niemeyer”. Depois respondiam: “Presente”.

O arquiteto foi velado até as 17h desta sexta-feira no Palácio da Cidade, sede oficial da Prefeitura do Rio, em Botafogo, na zona sul. O velório foi restrito a familiares ao longo da madrugada e aberto ao público às 8h30min.

Na quinta-feira, o corpo de Niemeyer foi velado no Palácio do Planalto, em Brasília. Ao todo, 44 coroas de flores foram dispostas no salão - de Marisa Letícia e Lula, do governo da Bolívia, de Fidel Castro, da Ambev, do PC do B (uma homenagem ao "grande camarada comunista") e até do Comando da Aeronáutica.

Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) levou Niemeyer até o Aeroporto Santos Dumont, no Rio, no final da noite e um veículo tripulado por militares do 3º Comando Aéreo Regional (3º Comar) da Aeronáutica o transportou até o Palácio.


Corpo do arquitetio foi depositado em sepultura perpétua do Cemitério São João Batista | Foto: Daniel Marenco / Folhapress / CP