Correios lançam campanha Papai Noel 2011

Correios lançam campanha Papai Noel 2011

Voluntários devem responder cartas enviadas por crianças com pedidos de presentes

Marcos Koboldt / Correio do Povo

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Brinquedos, material escolar, bicicletas e agasalhos são os principais pedidos das cartas endereçadas à Lapônia nesta época do ano. Os Correios lançaram, nesta segunda-feira, a campanha Papai Noel 2011, que tem como objetivo responder às cartinhas de crianças em situação de vulnerabilidade social ao “Bom Velhinho”. As correspondências, muitas vezes, são escritas pelas mães, que relatam a dificuldade em realizar o singelo sonho dos filhos, de por exemplo, ter uma bicicleta. Em outras, as crianças relatam a dificuldade familiar.

Em uma delas, um menino abandonado pela mãe adolescente e que mora com a avó pediu material escolar para poder estudar em 2012. Quem estiver interessado em adotar uma carta tem prazo até 23 de dezembro. Em Porto Alegre e na região Metropolitana, os interessados podem ir até o Espaço Cultural dos Correios, na rua Sete de Setembro, 1020, no Centro Histórico da Capital, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h30min e, aos sábados, das 9h às 12h. Em 2010, das 31.685 cartas selecionadas no Rio Grande do Sul, 20.364 foram adotadas pelos gaúchos. Os presentes precisam ser entregues embalados no Armazém B1 do Cais do Porto.

O carteiro Paulo Fernando Rigolli, de 47 anos, trabalha na campanha da empresa há dez anos sempre vestido de Papai Noel. Até hoje, ele se lembra com emoção do primeiro presente que entregou. “Recebemos a carta de uma menina de 12 anos. Quem escreveu foi a mãe. Ela pedia uma festa de aniversário, que nunca tinha ganho na vida. O pai estava envolvido com drogas e com mais quatro filhos a mãe não tinha condições”, recordou.

O pedido sensibilizou a todos. Carteiros e outros servidores dos Correios se mobilizaram e atenderam ao pedido. “O sorriso dela é inesquecível. Sei que aquele gesto é mínimo diante de todos os problemas, mas por algumas horas fizemos dela a menina a pessoa mais feliz do mundo”, relembrou.

A funcionária pública Nilse Ávila Rocha participa da campanha desde a primeira edição. “Começo a ler as cartas e já me emociono. São famílias grandes, com pais e mães desempregados. Quando era possível doava cestas básicas. Agora priorizo material escolar e itens para bebês”, afirmou.

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