Covid-19 reduziu em 2,9 anos a expectativa de vida nas Américas, diz Opas

Covid-19 reduziu em 2,9 anos a expectativa de vida nas Américas, diz Opas

Documento divulgado hoje mostra que região concentrou 37% de todos os casos da doença, e 45% das mortes no mundo todo

AFP

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A população das Américas perdeu 2,9 anos de expectativa de vida desde 2019, devido ao impacto da Covid-19 - informa o relatório "Saúde nas Américas" divulgado nesta terça-feira (27) pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Com mais de 177 milhões de casos e 2,8 milhões de mortes, a América foi, em diferentes momentos, epicentro da pandemia de coronavírus, lembra o documento apresentado na 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana da Opas.

"A pandemia afetou direta e indiretamente a saúde da população e ameaçou o avanço contra várias doenças", afirmou o diretor do Departamento de Evidência e Inteligência para Ação em Saúde da Opas, Sebastián García Saiso.

A expectativa de vida na América Latina e no Caribe caiu 2,9 anos, de 75,1 anos em 2019, para 72,2, em 2021, destaca a publicação, que se baseia em estimativas do documento "Perspectivas da População Mundial 2022", da ONU. Também houve queda na expectativa de vida na América do Norte, onde se observa uma redução de 1,8 ano.

"A queda na expectativa de vida pode ser revertida, à medida que os países avançarem com a vacinação contra a Covid-19, fortalecerem seus serviços de saúde para oferecer atenção a todos e reduzirem as desigualdades", disse García Saiso.

Segundo o relatório, a região concentrou 37% de todos os casos de Covid-19, e 45% das mortes no mundo todo. Embora a América do Norte tenha registrado 55% dos casos na região, 62% dos óbitos foram na América Latina e no Caribe.

A pandemia também interrompeu os cuidados de saúde e afetou muitos dos profissionais do setor. Até o final de 2021, 93% dos países relataram interrupções na prestação de serviços essenciais de saúde.

Além disso, até novembro de 2021, 41 países e territórios da região registraram quase 2,4 milhões de casos entre profissionais de saúde e 13.081 mortes.


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