Críticas a eventual governo Temer marcam manifestações no Dia do Trabalhador

Críticas a eventual governo Temer marcam manifestações no Dia do Trabalhador

Centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de esquerda se reuniram na Redenção, em Porto Alegre

Correio do Povo

Críticas ao eventual governo Temer marcam manifestações no Dia do Trabalhador

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As críticas às propostas contidas no projeto Ponte para o Futuro, que será implantado em um eventual governo Michel Temer (PMDB), marcaram os discursos e manifestações no ato unificado promovido neste domingo pelas centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de esquerda junto ao Monumento ao Expedicionário, no Parque da Redenção, em Porto Alegre. A celebração pelo Dia do Trabalhador também contou com shows musicais, entre outras atividades. Faixas, cartazes e bandeiras deram o tom colorido ao evento. Atos regionais também ocorreram no Interior do Estado. As representações gaúchas da Central Única dos Trabalhadores-RS (CUT-RS) da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) participaram da manifestação organizada pela Frente Brasil Popular e Frente Povo sem Medo.

O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, disse que está cada vez mais evidente que o golpe em curso no país, com o processo de destituição da presidente Dilma Rousseff, tem como principal objetivo acabar adiante com os direitos dos trabalhadores e democracia. “Eles não escondem que querem fixa a idade mínima para aposentadoria para 65 anos e a terceirização sem limites”, exemplificou. Segundo o dirigente, o principal plano de Temer é “uma pauta de precarização dos direitos” e cujas propostas jamais seriam aprovadas em uma eleição. Para Claudir Nespolo, trata-se do “mais violento ataque aos direitos dos trabalhadores”. 

O dirigente sindical lembrou o saldo positivo nos últimos 13 anos com a expansão do emprego, apesar de “ter perdido capacidade no último período”, e também a política de valorização do salário mínimo nacional. No entanto, ele alertou que o eventual governo Temer prevê a desvinculação de benefícios, incluindo os da Previdência Social, dos reajustes concedidos ao mínimo. “A situação poderá piorar muito mais”, advertiu.

Claudir Nespolo observou ainda que “amplos setores da sociedade já perceberam que existem interesses por trás do golpe à democracia” e que “logo, logo vai cair a ficha de amplos setores da sociedade”. Ele recordou o caso de quem foi às ruas para protestar contra a corrupção e “achava que estava resolvendo os problemas do país” sem perceber escondido o plano de ataque aos direitos da classe trabalhadora.


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