Crea formará comissão para avaliar condições de boate em Santa Maria
Levantamento estudará projeto do imóvel e dados dos responsáveis técnicos
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Ele destacou que durante a vistoria feita ainda no domingo foi possível fazer algumas constatações, mesmo que preliminares. A primeira é que a estrutura do prédio era antiga e que a princípio não apresentava problemas. Na perícia, foi identificada a data da última reforma – março de 2012 –, que foi superficial – apenas pintura e textura.
Capoani ressaltou que é preciso, infelizmente por meio desta tragédia, reforçar os cuidados e ampliar a fiscalização. “A maioria das pessoas não gosta e não apoia as leis e regulamentações que obrigam as fiscalizações periódicas. Mas se isso houvesse, poderia ter amenizado ou até evitado essa tragédia”, desabafou ele, lembrando o caso de Capão da Canoa, em que um prédio desabou em julho de 2007. Na época, não havia legislação municipal que obrigasse a vistoria constante das edificações.
Sobre a tragédia, o presidente do Ibape/RS, Marcelo Suarez Saldanha, ressaltou que as primeiras irregularidades identificadas já foram repassadas, como a questão do alvará vencido. Mesmo assim, foi solicitada uma série de documentos, como o projeto do imóvel e as licenças da prefeitura para funcionamento e dados referentes aos responsáveis técnicos.
Outra análise que será feita está relacionada aos materiais utilizados no isolamento acústico do prédio. “Com todas essas informações poderemos dar uma posição clara sobre as condições”, afirmou o presidente. Ele também ressaltou a importância de se ampliar a fiscalização e defendeu a definição de padrões para este tipo de construção. As informações e laudos produzidos pela comissão serão repassados ao inquérito policial.