CREA promove a Operação Hotel Mais Seguro

CREA promove a Operação Hotel Mais Seguro

Ação prossegue até 15 de dezembro e está ocorrendo simultaneamente nos três estados

Taís Teixeira

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O avanço da vacinação contra a Covid-19 deve repercutir no setor de turismo do Estado. Com o objetivo de garantir segurança para os visitantes que buscarem a rede hoteleira da Região Sul, os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREA) do Rio Grande do Sul (RS), do Paraná (PR) e de Santa Catarina (SC) promoveram a Operação Hotel mais Seguro, iniciativa inédita de fiscalização das condições técnicas dos empreendimentos hoteleiros que atuam nos três estados. A ação prossegue até 15 de dezembro e está ocorrendo simultaneamente nos três estados. A intenção é fiscalizar cerca de 900 empreendimentos em 15 dias. O RS ficou na primeira quinzena de dezembro em hotéis da região da Serra e Litoral. Após esse período, os conselhos continuarão a fiscalização em seus estados, sendo que aqui no RS será estendida às demais regiões.

A engenheira ambiental e presidente do Crea Rio Grande do Sul (CREA-RS), Nanci Walter, conta que a ideia surgiu no RS, foi apresentada na reunião mensal entre os três conselhos da região Sul e foi acolhida. “A fiscalização vistoria aquilo que não se vê, mas que é importante para manter a segurança dos hóspedes”, enfatiza. Um projeto-piloto ocorreu em Bento Gonçalves, na Serra gaúcha. A dirigente explica que, na constatação de desconformidades técnicas, é aplicado um termo de requisição de documentos e providências (TRDP). “Trata-se de uma solicitação para apresentação de responsáveis pelos serviços técnicos”, esclarece. Até o momento, foram fiscalizados no RS um pouco mais de 120 hotéis e 119 receberam TRDC. A engenheira evidencia que após a regulamentação do que foi apontado no TRDC, o hotel ganha um selo de certificação “ Hotel mais Seguro”.

O presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (SHPOA), Carlos Henrique Schmidt, é contrário à atividade. Segundo ele, a repercussão é negativa na rede hoteleira. "É uma sobreposição de fiscalização. Por exemplo, tem o Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndios (PPCI), que é feito pelo Corpo de Bombeiros, não tem porque o CREA fazer. Cria uma duplicidade de fiscalização, o que dá mais trabalho para reunir documentação, além do risco de ter uma autuação”, enfatiza. O dirigente entende que a atividade não compete à entidade. “O CREA tem que fiscalizar empresas de Engenharia e não a rede hoteleira”, ressalta, complementando que a fiscalização deveria ser sobre as empresas prestadoras de serviços e não dos contratantes. Schmidt relata que há o interesse em verificar se as leis utilizadas para justificar a operação procedem e autorizam o exercício dessa atividade. 


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