Cremers aponta falta de equipes e de ambulâncias com UTI nas estradas

Cremers aponta falta de equipes e de ambulâncias com UTI nas estradas

Operação "Veraneio - Férias com saúde" percorre os hospitais do litoral gaúcho

Janine Souza / Rádio Guaíba

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As primeiras conclusões da operação "Veraneio – Férias com Saúde", lançada pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) no começo de novembro, mostram a falta de equipes e de ambulâncias com UTI nas estradas que levam ao litoral gaúcho. A ação, que visa fiscalizar o trabalho médico nos hospitais da região e as condições de atendimento nas rodovias, já passou pelos hospitais de Viamão e de Gravataí e, nesta quarta-feira, chegará a Cidreira.

De acordo com o presidente do Cremers, Fernando Matos, falta contratação de médicos e de enfermeiros que completem as equipes dos hospitais que atenderão os veranistas. Outro alerta está na deficiência de ambulâncias com UTI para efetuar o atendimento aos acidentados nas estradas do litoral.

Apesar de observar melhorias nas escalas dos profissionais, Fernando Matos destaca que os plantões de médicos especialistas dos hospitais da região litorânea precisam ser mais completos. Ele também observa que a remoção de pacientes para outros hospitais, através da Central de Regulação de Leitos, precisa ser mais efetiva e ágil.

Conforme o presidente do Cremers, as condições de estrutura e de equipamentos ainda são deficientes. Especialmente na área do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ainda existem problemas na disponibilidade de ambulâncias tipo 4, aquelas que têm UTI, com equipe médica completa para prestar atendimento e fazer a remoção de pacientes de alto risco.

Segundo Matos, não há ambulâncias nem equipes atuando junto aos postos das polícias rodoviárias para efetuar o socorro à vítimas de acidentes na Estrada do Mar e na BR 101. “Na passagem rápida que fizemos pela Estrada do Mar e pela federal, que vai de Osório até Torres, persiste a ausência de ambulâncias para atendimento de acidentes, o que nos preocupa bastante. Já foi apresentado no ano passado relatório à Secretaria Estadual da Saúde e parece que o governo não tomou nenhuma atitude para fazer o atendimento rápido e eficiente de um acidente na estrada.”

De acordo com o médico, o tempo para que um acidentado seja atendido e tenha maior possibilidade de recuperação é de 10 a 15 minutos. No entanto, da forma como o serviço se apresenta hoje, os municípios litorâneos, como Torres, Capão da Canoa e Tramandaí precisam deslocar ambulâncias para o trecho da estrada onde houve o acidente.

"O que acontece hoje é que ambulâncias com equipes médicas são poucas, não estão bem equipadas, o número de ambulâncias tipo UTI são poucas para cada município e estão em constante atividade. Às vezes, em Torres, tem um atendimento e surge um acidente na estrada. Até a equipe do Samu se deslocar passaram os 10 minutos ideias. E geralmente ocorrem atrasos significativos", ressalta Matos.

A Assessoria de Imprensa da Secretaria Estadual da Saúde informou que só se manifestará sobre o assunto nesta quarta-feira.


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