Cresce número de bugios na área urbana de São Borja

Cresce número de bugios na área urbana de São Borja

Macacos estão em árvores da área central, onde um homem foi atacado

Correio do Povo

Ambientalista atribui o rápido aumento do número de bugios em áreas urbanas à devastação de matas na região

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Há pelo menos duas décadas, São Borja registra a presença de bugios na área urbana, onde essa população vem aumentando. Existem indicativos de que esses macacos ocupam a copa de árvores e outros locais em oito pontos na cidade. Recentemente, na praça XV de Novembro, na área central, um primata atacou um homem de 77 anos, acostumado a distribuir bananas aos animais. Desta vez, porém, o morador estava passeando e sofreu uma série de escoriações, precisando de atendimento de emergência.

O ambientalista Darci Bergmann atribui o rápido aumento do número de bugios em áreas urbanas à devastação de matas na região e à carência de alimentos. Mas avalia que remoções da cidade só devem ocorrer em casos extremos, para devolução a melhor habitat. Ele desaconselha que sejam alimentados pela população, pois o normal é que sobrevivam com galhos, flores e frutos. O veterinário Flávio Campos Sartori informa que uma bugia reproduz um filhote por vez, em gestão que dura seis meses. Segundo ele, além de procriação em ambientes na cidade, a migração de antigas matas do entorno explica essa maior densidade urbana.

Em 2009, pensou-se em operação de retirada dos bugios devido ao temor de doenças, por meio de força-tarefa da prefeitura, Pelotão Ambiental da Brigada Militar e Ministério Público, mas não foi executada. Na época, 4 mil doses de vacina contra a febre amarela foram aplicadas na população. Eventualmente, o pelotão é chamado para retirar ou capturar animais.


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