Crianças carentes ganham viagem de avião como presente de Natal

Crianças carentes ganham viagem de avião como presente de Natal

Destino fictício do voo era o Polo Norte e pequenos foram recebidos pelo Papai Noel

Mauren Xavier / Correio do Povo

Crianças ganham viagem de avião como presente de Natal

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Cerca de 120 crianças vinculadas a instituições gaúchas voaram, a maioria, pela primeira vez de avião nesta quinta-feira em Porto Alegre. O passeio fez parte do projeto internacional Viagem Inesquecível, promovido há 20 anos pela companhia aérea Copa Airlines. Essa foi a segunda edição no Brasil, sendo a primeira realizada no Rio de Janeiro, em 2008. As crianças integram algum tipo de programa social, como a Fundação Pão dos Pobres e o projeto Pescar, ou de atendimento médico, como a Kinder, o Instituto do Câncer Infantil e o Instituto da Criança com Diabetes.

No painel de controle, o voo se destacava dos demais pelo seu destino: Polo Norte. Depois de uma viagem de 40 minutos, que percorreu a região de Porto Alegre até a divisa com Santa Maria, as crianças foram recepcionadas no aeroporto pelo Papai Noel.

“É um presente de Natal diferente. Que não tem preço e esperamos que fique para sempre na lembrança delas”, afirmou o diretor Comercial do Mercosul da Copa, Gustavo Esusy. Ao ver a ansiedade, nervosismo e emoção das crianças era possível confirmar a afirmação do executivo. Devidamente uniformizadas com o gorro natalino, elas fizeram no saguão do aeroporto Internacional Salgado Filho uma verdadeira festa.

Olhares incrédulos para estrutura interna do avião

Mas a emoção mesmo ficou aos nervos da pele na entrada do avião. Sem nem conseguirem piscar, elas olhavam quase incrédulas a grande estrutura interna do avião. Enquanto buscavam os seus lugares, não deixaram a curiosidade de lado e iam se sentando, abrindo as janelas e fazendo uma série de perguntas à equipe de bordo, que estava devidamente a caráter para o evento, como um comissário de bordo que estava vestido de duende e outro de palhaço.

O momento mais marcante foi a decolagem. Ali a ansiedade ficou de lado e “a ação começou”, como definiu um dos pequenos passageiros. Aos gritos de espanto e nervosismo, muitos levantavam as mãos, como se estivessem subindo numa montanha russa. Olhando para fora da janela, muitos não acreditavam na visão que tinham. “Estamos passando as nuvens, que parecem ser de algodão”, disse Marcos Goulart Neto, de 10 anos, e que desde os 7 anos tem Diabetes.

Antonio da Silva, de 9 anos, foi até a cabine do piloto para ver como o avião funcionava e assim se tranquilizar. “É uma sala pequena cheia de botões. É impressionante”, desabafou ele, depois de confessar que a decolagem gerou um enorme frio na barriga. Antes do embarque, as crianças participantes realizaram todas as tramitações iguais a um voo comercial. Munidos de documento de identidade fizeram o check-in e receberam a passagem, com o assento reservado.

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