Crianças "invadem" Centro Cultural da Santa Casa de Porto Alegre

Crianças "invadem" Centro Cultural da Santa Casa de Porto Alegre

Programação contou com atrações gratuitas para os pequenos, que foram transformados em artistas por algumas horas

Christian Bueller

Praticamente todas as dependências do espaço foram “invadidas” pela criançada

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O clima colaborou e o sol que apareceu neste sábado contribuiu para que famílias de Porto Alegre e outras cidades fizessem um passeio diferente no Centro Histórico-Cultural Santa Casa, na região central da Capital. A programação da atividade “Invasão das Crianças no CHC” esteve repleta de atrações gratuitas, com brincadeiras e oficinas que exploraram a criatividade dos pequenos, transformados em artistas por algumas horas.

Praticamente todas as dependências do espaço foram “invadidas” por crianças das mais diversas idades para as atividades que as colocavam como protagonistas. Uma das mais procuradas era “Um dia de investigação no Arquivo”, oficina que propunha uma divertida investigação em documentos antigos. Meninos e meninas aprenderam sobre restauração de fotografias e conhecer como se guardavam as fotos antes da criação das redes sociais. Os gêmeos Thomas e Thiago, oito anos, gostaram. “Foi muito legal restaurar as fotos”, resumiram os dois, sem largar o pacote de pipocas que ambos seguravam. Segundo a mãe, Tamara, foi mesmo um dia diferente, onde misturaram brincadeira com conhecimento. “Fizeram pintura com tinta, teatro e massinha de modelar”, contou, enquanto esperavam pela oficina de danças populares.

Nesta atividade, prevaleceram as brincadeiras embaladas por música e coreografia gestual, ciranda e danças de roda. “Sangue Valentino” e “Roda de Carambola” do Vale de Jequitinhonha fizeram parte  das danças. Já a “Desenhança para toda família” investiu em proposições lúdicas corporais que envolvessem desenho e dança. Na oficina com instrumentos musicais feitos de sucata, houve reaproveitamento de embalagens plásticas e dicas de como cuidar do meio ambiente. O pequeno João Pedro, de 5 anos, aprendeu bem. “Temos que pensar no futuro”, afirmou, categoricamente, com um sorriso. 

Outra atração foi “Brincando com os Doutorzinhos”, que interagiam com o público presente, estimulando veias cômicas e dedurando todo mundo que não estivesse brincando. Quem podia, conferiu a visita no Museu Joaquim Francisco do Livramento, com a exposição ‘Fragmentos de uma história de todos nós’, sobre a trajetória de 218 anos do hospital mais antigo do Rio Grande do Sul, a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. 

Segundo a coordenadora do CHC, Denise Viana, o evento instigou o que ela chama de “formação de plateia”, em que as crianças não se limitem a atividades passivas, mas sim, exerçam o protagonismo das brincadeiras. “Muitas delas conheceram um centro cultural. Além das atrações lúdicas, como pintura e dança, temos este diferencial que despertou nas crianças que vieram o interesse pela pesquisa e história”, explicou. 


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