Crise da Prefeitura de Porto Alegre não passa de uma invenção, diz Simpa
Manifestantes realizaram ato na manhã desta quarta contra gestão do prefeito Nelson Marchezan Júnior<br />
publicidade
• Dia de paralisações afeta áreas da saúde e educação em Porto Alegre
“A crise é fictícia, criada com o objetivo de privatizar o patrimônio público”, disse o diretor geral do Simpa, Jonas Reis. Segundo ele, o objetivo do ato desta quarta-feira era mostrar ao prefeito que os municipários “não vão aceitar mentiras”. Ainda conforme Reis, as principais dívidas que o município poderia pagar somente ao longo dos próximos 15 anos dizem respeito a empréstimos de investimentos e precatórios.
Além de temer as privatizações, os servidores protestavam contra as possíveis medidas que irão prejudicar os salários. Isso porque, sempre que alerta sobre a situação financeira, a prefeitura comenta sobre a possibilidade de atraso no pagamento de seus funcionários ou até mesmo de vir a não pagar salário algum durante alguns meses.
O secretário municipal da Fazenda, Leonardo Maranhão Busatto, disse que todos os números referentes ao fluxo de caixa da Prefeitura de Porto Alegre estão sendo publicados mensalmente no Portal Transparência do órgão. Segundo ele, o Simpa apresenta um discurso vazio e não apresenta dados que comprovem o que está sendo colocado.
“Se eles quiserem conversar, estou à disposição, mas os números apresentados mostram a realidade nas contas da Prefeitura”, afirmou Busatto.
Conforme o secretário, as dívidas com os bancos para as obras da copa e da orla do Guaíba, por exemplo, podem ser pagas até 2032, mas os precatórios (R$ 360 milhões), precisam ser pagos, no máximo, até 2020, conforme notificação recebida pela Prefeitura. “A crise não é inventada, basta ver que, na gestão anterior, o 13º salário foi pago com atraso”, disse. Busatto garante que a atual administração pretende melhorar a situação, mas “isso não ser resolve da noite para o dia”.
Municipários começam a chegar ao Paço Municipal. Afirmam que dívidas da prefeitura podem ser pagas até 2032 @agora_CP @correio_dopovo pic.twitter.com/Gbty4G5MNT — Henrique Massaro (@henriquemassaro) 19 de abril de 2017