Cruz Vermelha anuncia corte de 1.500 empregos por falta de recursos

Cruz Vermelha anuncia corte de 1.500 empregos por falta de recursos

Conselho da organização aprovou redução de gastos em cerca de R$ 2,4 bilhões para 2023 e início de 2024

AFP

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O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) anunciou, nesta terça-feira (4), que terá de cortar cerca de 1.500 empregos ao longo do próximo ano para reduzir drasticamente seus gastos, devido à falta de fundos. "Nos próximos 12 meses, teremos que cortar cerca de 1.500 empregos em todo o mundo", disse o CICV, com sede em Genebra, em um comunicado.

O conselho de administração aprovou uma redução de gastos de 430 milhões de francos suíços (cerca de R$ 2,4 bilhões) para 2023 e início de 2024.

A organização buscará minimizar o número de pessoas afetadas, ao fazer novas contratações e apostar em saídas voluntárias. Uma das organizações humanitárias mais importantes do mundo, o CICV havia lançado um apelo para obter doações no valor de 2,8 bilhões de francos suíços.

Mas a organização foi obrigada a reduzir seu orçamento para 2 bilhões de francos suíços e observa que começou 2023 com um déficit de cerca de 140 milhões. O CICV enfrenta uma redução nas doações, entre outros fatores, pela grande quantidade de dinheiro que os países aliados de Kiev gastam para ajudar a Ucrânia a repelir a Rússia. "Este ano, enfrentamos desafios simultâneos", explicou a organização, citando promessas de doações que não alcançaram o nível previsto e um aumento nos preços também maior do que o esperado.

"Dado que os orçamentos para ajuda humanitária no exterior devem diminuir nos próximos dois anos, o CICV deverá direcionar seus esforços para programas e locais, em que podemos ter maior impacto", destaca o comunicado da organização. Pelo menos 20 dos 350 locais que o CICV atualmente dirige no mundo serão fechados. "Por exemplo, onde a área pode ser coberta por outro escritório do CICV, ou onde outros parceiros humanitários, ou de desenvolvimento, podem assumir o controle", indicou.

"Também reduziremos e encerraremos alguns de nossos programas", acrescentou o CICV, sem dar mais detalhes.

 


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