CUT e movimentos desmentem greve geral

CUT e movimentos desmentem greve geral

Convocações em redes sociais anunciam paralisação na segunda <br />

Camila Kila / Rádio Guaíba

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Apesar de eventos criados nas redes sociais para uma suposta greve geral para a próxima segunda-feira, centrais sindicais e movimentos sociais desmentem a convocação do ato. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) está organizando uma mobilização nacional para o dia 11 de julho, para cobrar mais investimentos em saúde e educação, fim do fator previdenciário, jornada de 40 horas semanais sem redução salarial, reajuste aos aposentados, transporte público de qualidade, fim dos leilões do petróleo, reforma agrária e fim do Projeto de Lei 4330, que permite ampliar a terceirização.

O Bloco de Luta Pelo Transporte Público, responsável pela organização dos últimos protestos ocorridos em Porto Alegre, garante apoio ao movimento do dia 11. Um dos integrantes, o coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Matheus Gomes, explica ainda que a convocação para greve na segunda ocorreu de forma espontânea de pessoas, mas que não há nenhuma iniciativa concreta.

O Cpers-Sindicato havia orientado os professores a apoiarem as manifestações no Estado, inclusive a de segunda, com paralisação das aulas nas escolas em que os docentes assim decidirem. Os rodoviários da Capital também vão avaliar até domingo uma possível alteração no modo de trabalho, com paralisação ou operação padrão, na segunda-feira.

Novos protestos

Segundo o integrante do Bloco de Luta, ainda não foram marcados novos protestos na cidade. No final de semana, reuniões deverão definir os próximos atos. Ele fala que a intenção é inovar, como foi feito na quinta-feira, com mudança do local e participações musicais.

Sobre a possibilidade de realizar manifestações à luz do dia, Gomes se disse favorável e lembrou que isso já foi feito anteriormente. Ele avaliou, porém, que a mudança de horário não inibe a ação de grupos que passaram a se aproveitar do movimento para fazer vandalismo.

Após a reunião com o governador Tarso Genro, no começo da mobilização de ontem, o estudante disse ter ficado com a impressão de que o chefe do Executivo desconhece os procedimentos adotados pela Brigada Militar durante os protestos. Ele entende que o governo precisa rediscutir os métodos, como agressões praticadas pelos agentes, e a falta de identificação de alguns.

O Bloco de Luta espera para a próxima sexta-feira uma resposta por escrito do Piratini sobre as reivindicações do movimento. Entre elas, transporte 100% público para estudantes, idosos e desempregados, abertura das contas das empresas de ônibus, prisão dos grupos neonazistas que atuam no Estado, contra a criminalização dos movimentos sociais e os impactos da Copa.

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