Dados do sistema de saúde são positivos, mas não se refletem na prática, aponta vereadora

Dados do sistema de saúde são positivos, mas não se refletem na prática, aponta vereadora

Relatório de gestão da saúde sobre segundo quadrimestre de 2016 foi divulgado nesta terça-feira

Henrique Massaro

Relatório de gestão da saúde sobre segundo quadrimestre de 2016 foi divulgado nesta terça-feira

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O secretário municipal de saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter, apresentou na manhã desta terça-feira um relatório de gestão da saúde referente ao segundo quadrimestre de 2016. Os dados foram expostos em reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambienta, da Câmara Municipal.

Alguns elementos chamam atenção no extenso documento divulgado, como na parte de humanização da assistência e da gestão em saúde das Unidades de Saúde da Atenção Básica. Das 141 unidades, 104 encerraram o quadrimestre sendo classificadas como acolhedoras, concluindo 74%. Até o fim do ano, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estabeleceu como meta alcançar 100% das unidades, abolindo o acesso aos serviços através de fichas.

O secretário também destacou, durante a divulgação dos dados, a questão do absenteísmo. Em 64% das consultas agendadas para pessoas com disfunção temporomandibular (DTM), por exemplo, o paciente não compareceu. Para consultas marcadas para tratar endodontia de decíduos, este número de faltas também é de mais da metade dos casos: 53,4%. Para Ritter, este é um ponto importante, em virtude de todas as dificuldades existentes para se conseguir um atendimento.

Presente na reunião de apresentação do relatório, a vereadora Lourdes Sprenger (PMDB), disse que os dados passados pela SMS, na teoria, tem vários pontos positivos, mas isso se reflete na prática. “Os indicadores são bons, mas não contemplam a realidade”, comentou. De acordo com ela, o que se vê é um sistema de saúde ainda debilitado, com necessidade de mais profissionais e estrutura para suprir as demandas da população.

A apresentação dos relatórios quadrimestrais são previstas pela Lei Complementar nº 141 de 2012, do governo federal. Ela foi feita na presença de vereadores da Capital, representantes do Gabinete do Prefeito, dos Conselhos Municipais, da SMS, da Secretaria Estadual de Saúde, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), do Ministério Público do Estado (MPE), do Ministério da Saúde, hospitais e outras entidades da área. O relatório completo pode ser conferido no site da Secretaria Municipal de Saúde.

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