Debate em Porto Alegre sobre inclusão na reciclagem destaca protagonismo dos catadores

Debate em Porto Alegre sobre inclusão na reciclagem destaca protagonismo dos catadores

Ideia é desenvolver parcerias entre as unidades de triagem e os grandes e médios polos geradores de resíduos

Jessica Hübler

Ideia é desenvolver parcerias entre as unidades de triagem e os grandes e médios polos geradores de resíduos

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O programa de inclusão produtiva na reciclagem “Todos Somos Porto Alegre” realizou na tarde desta quarta-feira primeiro encontro “Conhecer para Fortalecer”, no Auditório Poente, do Prédio Centenário da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). O evento teve como principal objetivo o desenvolvimento da autonomia e do protagonismo dos líderes das Unidades de Triagem (UTs) da Capital, através da troca de experiências e construção conjunta de estratégias para aumentar o volume de recicláveis nas UTs. O tema que norteou o diálogo foi o “Protagonismo dos catadores no fortalecimento de parcerias com polos geradores de resíduos” e contou com a presença de estudantes voluntários do movimento ReciclaPOA, dos coordenadores dos projetos do programa, dos líderes e também das assessoras das UTs, além de um representante do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).

O programa é dividido em três grandes projetos: o Projeto 1 lida diretamente com a inclusão produtiva de carroceiros e carrinheiros, que são os condutores de Veículos de Tração Humana e Animal (VTAs e VTHs), o Projeto 2 que visa a reestruturação do sistema popular de reciclagem e o Projeto 3 que é voltado para a área da educação ambiental. De acordo com a coordenadora do Projeto 3, Amanda Latosinski, atualmente 17 UTs são conveniadas ao DMLU e, com o empoderamento dos líderes de cada uma delas, será possível aumentar o volume de resíduos recicláveis encaminhados. “Precisamos instrumentalizar eles, pois a coleta seletiva é escassa. Estamos propondo este espaço de troca para estimular a autonomia de cada um”, explicou Latosinski.

“Antes os galpões tinham acompanhamento do DMLU, agora existe um assessor lá dentro para facilitar a gestão interna. Foi um grande avanço”, destacou o representante do setor de apoio às UTs do DMLU, Jovino Garcia. Para ele, o resíduo sólido urbano reciclável que chega às UTs não é lixo e sim matéria-prima. Conforme a coordenadora do Projeto 2, Jacqueline Virti, a maioria dos galpões possui um estudo técnico que mostra a quantidade de resíduos processados por mês, quanto desta matéria é comercializada e qual a capacidade de processamento de cada um dos locais. “Precisamos pensar como os galpões podem ser protagonistas nas suas regiões da melhor forma”, explicou Virti.

A ideia é desenvolver parcerias entre as UTs e os grandes e médios polos geradores de resíduos como condomínios, lojas e demais estabelecimentos.

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