Defensoria Pública quer garantir exercício da função de motorista particular

Defensoria Pública quer garantir exercício da função de motorista particular

Defensora Patrícia Ketterman ingressará com liminar para assegurar direito ao trabalho

Correio do Povo e Rádio Guaíba

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Um dia após agressão a um motorista da Uber, a defensora pública Patrícia Ketterman ingressará nesta sexta-feira com uma ação no Foro Central de Porto Alegre a favor do livre exercício da função de motorista particular. Em entrevista à Rádio Guaíba, Patrícia esclareceu que a ação não é diretamente contra a lei aprovada na Câmara de Vereadores, que proibiu aplicativos como o Uber 

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"A ação será proposta ainda hoje na forma de uma liminar, para que os motoristas tenham o direito de trabalhar e exercer a sua função de profissionais liberais. A lei aprovada na Câmara não foi sancionada, mas é mencionada e até tratamos que, mesmo que seja referendada pela prefeitura, ela é inconstitucional", explicou. 

De acordo com Patrícia, a ação tem duplo objetivo e não foi elaborada apenas por causa do Uber. "Ela tem por intenção tutelar o direito destes motoristas particulares, que já exerciam a profissão antes da chegada do Uber. Também é a favor do direito dos consumidores de escolherem o serviço que for mais conveniente", esclareceu.

A defensora explicou que a liminar está apoiada na lei federal 12.587/2012, que garante o transporte individual privado. "Existem até tratados internacionais de direitos humanos que estão sendo violados quando as pessoas são impedidas de exercerem as atividades laborativas. A Constituição Federal garante isso, inclusive a livre concorrência, que está mantida", acrescentou.

Patrícia comentou ainda que a coexistência dos taxistas e dos motoristas da Uber é perfeitamente possível. "Essa convivência é aceitável, assim como existem médicos públicos e médicos particulares e advogados públicos e particulares. A livre concorrência está mantida e até é favorável aos taxistas, que utilizam dois aplicativos", disse. 





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