Defesa Civil distribui mais de 24 toneladas de alimentos para o Interior

A Defesa Civil do Estado distribuiu nesta quarta-feira mais de 24 toneladas de alimentos para municípios do Interior. A carga foi transportada em caminhões do Exército de Porto Alegre até a cidade de Santa Maria, na região Central do Estado, e de lá serão entregues em 22 cidades que solicitaram os alimentos. Esta é a sexta entrega feita pelos órgãos que integram Operação COVID-19, do Comando Conjunto Sul. Na semana passada receberam os alimentos as regiões Sul, Fronteira Oeste, Norte e a cidade de Bagé, na região da Campanha, que vive uma situação diferenciada em relação aos outros municípios.

No total foram adquiridos 64 toneladas de alimentos, com o custo estimado de aproximadamente R$270 mil. Com a distribuição para a região Central restam ainda 17 toneladas para serem entregues, o que deve ocorrer até o fim da semana. A próxima região a receber a entrega é a dos Vales, que inclui Taquari e Rio Pardo. Os produtos enviados a Santa Maria nesta quarta foram divididos em pouco mais de 900 cestas básicas. No total 60 cidades vão receber essa primeira leva comida.

Responsável pela ação do Exército que fez o carregamento e transporte, o sargento Luciano Belmudes, diz esta é apenas uma das ações da corporação no enfrentamento à pandemia. “Temos inúmeras missões no combate ao coronavírus, aqui é apenas uma parcela do que temos feito.” Para que a carga fosse levada até a cidade de Santa Maria foi necessário o envolvimento de aproximadamente 57 militares, que atuaram no processo de carga e descarga dos caminhões e no transporte dos veículos.

Subchefia da Defesa Civil, o coronel Rodrigo Dutra, explica que o órgão tem lidado com dois problemas em conjunto, a estiagem e o coronavírus. “Não conseguimos mais separar essas duas urgências e por isso a atuação se dá em conjunto já.” Na semana passada foram entregues 550 reservatórios de água para a região de Lajeado. A comida é o passo seguinte para enfrentar os problemas causados pela Covid-19.

Junto com essas duas crises já em andamento, Dutra projeta ainda a chegada do inverno e consequente necessidade de antecipação da Campanha do Agasalho. O subcomandante diz que ela deve iniciar duas semanas antes do que em outros anos, mas projeta uma demora maior na entrega das roupas. “Muitas dessas peças podem chegar contaminadas com o novo coronavírus e precisarão ficar em quarentena por 14 dias, o que pode gerar um atraso na distribuição.” Mesmo com essas dificuldades, Dutra avalia que a Defesa Civil tem conseguido cumprir bem as demandas de atendimento à população.