Defesa Civil monitora ilhas de Porto Alegre em razão da chuva
Nível do Guaíba chegou a 1,04 metro nesta terça
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Morador da rua Nossa Senhora da Boa Viagem, o aposentado Vitor Bastos, afirmou que espera que a região não sofra novos alagamentos. “No ano passado, diversos moradores perderam móveis com a chuva de outubro que atingiu a Ilha da Pintada”, comentou.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou que todas as regiões do Estado foram atingidas e registraram pelo menos algum tipo de dano em decorrência da chuva forte, vento ou queda de granizo. Até o momento são 45 localidades e cerca de 1,3 mil residências afetadas. Pelo menos 149 famílias estão desalojadas e outras 104 estão desabrigadas. Ao todo, 85 famílias estão em abrigos distribuídos por São Sebastião do Caí, Nova Petrópolis, Cachoeira do Sul e Parobé.
A previsão da continuidade da instabilidade até quinta-feira indica que estes números podem aumentar. Os níveis dos rios, conforme a Defesa Civil do Estado devem continuar a subir pelo menos até sábado. Em Porto Alegre, a previsão para hoje é de chuva forte e trovoadas ao longo do dia. A instabilidade começa a perder força somente na quinta-feira.
O sub-chefe da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, Alexandre Martins Silva, afirmou que o órgão está atento também à situação de Pantano Grande, que tem muitas famílias desalojadas por conta da chuva. “Comunidades como de São Sebastião do Caí e Montenegro estão acostumadas com as cheias e até se preparam com antecipação. Algumas casas têm até ganchos que as famílias usam para pendurar camas e suspender eletrodomésticos para evitar prejuízos”, explicou.
Silva disse que a Defesa Civil está preocupada com roubos nas casas atingidas pelo temporal. “Os saques preocupam e mesmo fazendo o cercamento dessas comunidades a gente sabe que há roubos na região, às vezes realizados por pessoas do mesmo local e da mesma região”, acrescentou.