Defesa do goleiro Bruno recorre contra sentença
Advogado citou suposto acordo com juíza para aliviar pena e vai preparar justificativa da sua ação
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O defensor chegou a dizer a alguns jornalistas que teria feito um acordo para que houvesse um alívio na pena do jogador, o que não foi confirmado por ela. O acordo, na verdade, teria sido uma conversa antes do início da última etapa do julgamento - os debates - para que Bruno admitisse ter conhecimento de que Eliza Samudio seria assassinada.
Foi por isso, segundo o defensor, que o goleiro pediu a palavra e respondeu a uma única pergunta, feita por Adolfo, que era se ele sabia do crime antes de sua consumação. "Sabia e imaginava. Pelas agressões constantes, pelo fato de eu ter entregado para o Macarrão do dinheiro. As agressões do Macarrão", afirmou, negando-se em seguida a responder qualquer outra questão.
Para a juíza, no entanto, foi pouco. Em sua sentença, ela reconhece que Bruno "prestou esclarecimentos, identificando o executor do homicídio". "Hoje, o réu, pediu para ser novamente ouvido, oportunidade em que reconheceu que sabia que a vítima Eliza Samudio iria morrer. Data vênia, mas essa lacônica confissão não merece a mesma redução concedida ao corréu Luiz Henrique Ferreira Romão, no julgamento passado como quer a defesa", salientou Marixa, que acabou amenizando a pena do goleiro em três anos, enquanto a de Macarrão foi reduzida em pouco mais de cinco anos.
A pena de 22 anos também não agradou a mãe de Eliza. O promotor Henry Wagner Vasconcelos foi outro desapontado com o resultado. Ambos afirmaram que vão recorrer para que seja aumentada.