Delegado deve isentar prefeitura de culpa no caso do surfista morto em Capão da Canoa

Delegado deve isentar prefeitura de culpa no caso do surfista morto em Capão da Canoa

Para policial, placas de sinalização não seriam suficientes para imputar ao Poder Público um crime de negligência

Samuel Vettori/Rádio Guaíba

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O delegado Heraldo Chaves Guerreiro, responsável pela investigação da morte do surfista Thiago Ruffato em uma área de pesca sem sinalização, em Capão da Canoa, entende que não cabe responsabilizar nenhum servidor da prefeitura pelo fato. Ele entende que a falta de placas alertando os surfistas a tomar cuidado naquele ponto não é suficiente para imputar ao Poder Público um crime de negligência.

Guerreiro lembrou que o jovem entrou na água em uma área própria para surfistas, mas acabou sendo arrastado pela corrente marítima até o local onde havia a rede de pesca. Para o delegado, só uma perícia pode assegurar a suposta eficácia de placas na orla para quem está dentro do mar. A Federação dos Surfistas do Estado informou que a prefeitura de Torres é a única a adotar placas coloridas indicando áreas de pesca e surfe, justamente para facilitar a visualização de quem está na água. O inquérito policial deve ser concluído até o fim do mês.

O resultado da necropsia comprovou que o esportista de 18 anos morreu afogado depois de se enroscar em uma rede de pesca, em 1º de novembro, em Capão Novo, balneário de Capão da Canoa. O jovem se tornou a 49ª vítima de um incidente do tipo, em 26 anos, no litoral gaúcho.


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