Demarcação entre Gravataí e Taquara resulta em fechamento de escola

Demarcação entre Gravataí e Taquara resulta em fechamento de escola

Alunos conseguiram vaga em escola que fica a 10 quilômetros de distância

Marco Aurélio Ruas

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Com o período letivo prestes a começar, uma nova demarcação de terra realizada pelos municípios de Gravataí e Taquara virou motivo de preocupação para as famílias que moram na estrada Vira Machado, no bairro Morungava. Com a iniciativa dos municípios, a escola da região está inoperante – já que a instituição que ficava no território de Gravataí, agora faz parte de Taquara. O problema é que nenhuma das prefeituras assumiram o funcionamento da instituição, pelo menos por enquanto.

Segundo a mãe de uma das alunas da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Padre Anchieta, Cleonice Vieceli, de 31 anos, a prefeitura de Taquara afirma que a de Gravataí não encaminhou a documentação necessária para que a instituição posse ser assumida pelo município. “Eles afirmam que não podem assumir o escola sem ter posse de toda documentação. Já Gravataí diz que a escola deixou de ser responsabilidade do município”, afirmou.

Com isso, Cleonice e outras mães de alunos da instituição fizeram uma comissão e foram ao conselho tutelar de Gravataí. “Lá eles encaminharam a questão ao Ministério Público, que nos assegurou vagas em outra escola, em Gravataí, enquanto as questões burocráticas não são resolvidas. O problema é que a outra escola fica há cerca de 10 quilômetros de onde moramos. Fica muito complicado”, salientou.

De acordo com o conselheiro tutelar Charles Castro, que atendeu a comissão organizada pela comunidade, a prefeitura de Gravataí ficou de entregar a documentação completa à Taquara na sexta-feira. “Mesmo com a entrega da documentação, deve demorar algum tempo até que a estrutura seja restabelecida na escola”, afirmou. Castro ainda revelou que a prefeitura de Taquara se responsabilizou por realizar o transporte das crianças enquanto a EMEF Padre Anchieta não retorna às atividades.

Segundo Cleonice, 14 crianças estudam na EMEF Padre Anchieta. No local, a prefeitura de Gravataí recolheu toda a mobília, deixando apenas a estrutura do prédio à disposição. “A Padre Anchieta existe há 70 anos. Eu e minha mãe estudamos ali. Gostaria que minha filha continuasse tendo aulas no mesmo lugar”, disse. Castro ainda ressaltou que, apesar da comunidade ter sido prejudicada, o poder público conseguiu garantir vaga às crianças, mesmo que em outra escola.

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