Demissões na obra da nova ponte do Guaíba geram incertezas

Demissões na obra da nova ponte do Guaíba geram incertezas

Atrasos nos repasses teriam motivado dispensa de cem funcionários

Correio do Povo

Atrasos nos repasses teriam motivado dispensa de cem funcionários

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A notícia de que funcionários da Queiroz Galvão estariam sendo demitidos gerou incertezas, nesta sexta-feira, sobre a continuidade da construção da nova ponte do Guaíba, em Porto Alegre. Cem trabalhadores teriam sido dispensados. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada no RS (Siticepot), Luiz Gonzaga Vidal da Silva, revelou que a entidade foi comunicada que o número de desligamentos pode ser maior.

O motivo seriam os atrasos nos repasses dos recursos que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) deve ao consórcio responsável pela nova ponte. Cinco funcionários que trabalhavam no canteiro de obra, na rua João Moreira Maciel, confirmaram a saída de colegas de serviço. No entanto, todos garantiram que a obra está em andamento.

Entre os demitidos também há estrangeiros. Pelo menos, 13 senegaleses foram dispensados na quinta-feira. Eles haviam sido contratados há quatro meses. O senegalês Makhtar Faye, de 21 anos, se diz entristecido pela situação porque agora fica sem ter como enviar dinheiro para a família que ficou no país natal. “Os empresários falaram que foi a crise, que o governo não está repassando dinheiro para as obras”, contou. Os amigos senegaleses, todos residindo numa mesma casa no bairro São Geraldo, voltaram a procurar vagas de emprego.

A Superintendência Regional do Dnit/RS informa que trabalha para garantir que nenhuma obra seja prejudicada. A construção da nova ponte do Guaíba está 25% executada e o cronograma dentro dos prazos estipulados, segundo a autarquia. O Dnit não quis se manifestar sobre as demissões. A Queiroz Galvão, por meio de sua assessoria, comunicou que não fala sobre o assunto.

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