Demissões na obra da nova ponte do Guaíba geram incertezas
Atrasos nos repasses teriam motivado dispensa de cem funcionários
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O motivo seriam os atrasos nos repasses dos recursos que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) deve ao consórcio responsável pela nova ponte. Cinco funcionários que trabalhavam no canteiro de obra, na rua João Moreira Maciel, confirmaram a saída de colegas de serviço. No entanto, todos garantiram que a obra está em andamento.
Entre os demitidos também há estrangeiros. Pelo menos, 13 senegaleses foram dispensados na quinta-feira. Eles haviam sido contratados há quatro meses. O senegalês Makhtar Faye, de 21 anos, se diz entristecido pela situação porque agora fica sem ter como enviar dinheiro para a família que ficou no país natal. “Os empresários falaram que foi a crise, que o governo não está repassando dinheiro para as obras”, contou. Os amigos senegaleses, todos residindo numa mesma casa no bairro São Geraldo, voltaram a procurar vagas de emprego.
A Superintendência Regional do Dnit/RS informa que trabalha para garantir que nenhuma obra seja prejudicada. A construção da nova ponte do Guaíba está 25% executada e o cronograma dentro dos prazos estipulados, segundo a autarquia. O Dnit não quis se manifestar sobre as demissões. A Queiroz Galvão, por meio de sua assessoria, comunicou que não fala sobre o assunto.