Demolição de pavilhão C deve levar 45 dias

Demolição de pavilhão C deve levar 45 dias

Unidade D do Presídio Central será próxima a ser derrubada

Correio do Povo

Demolição e a remoção dos restos do primeiro complexo levarão 45 dias até a conclusão

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A demolição do pavilhão C do Presídio Central de Porto Alegre, que teve início às 10h desta terça-feira, deve durar cerca de 45 dias. A primeira marretada nas paredes do prédio, cujas condições precárias eram visíveis, coube ao secretário da Segurança Pública, Airton Michels, acompanhado do superintendente da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), Gelson Treisleb.

A construtora responsável pela demolição está empregando duas retroescavadeiras e duas escavadeiras hidráulicas. Após o pavilhão C  - que abrigava 363 apenados - o próximo a ser derrubado será o D, até o final de dezembro.  Os pavilhões A, B, E e F também serão destruídos no futuro. Já os prédios G, H, I e J, além da cozinha e administração, serão mantidos.

Dois novos pavilhões serão erguidos até 2015. A ideia é de que o Presídio Central volte a ser apenas um estabelecimento para presos provisórios e sem condenação, com cerca de 1,2 mil vagas. Airton Michels recordo que, em 2010, o estabelecimento prisional chegou a ter 5,2 mil apenados contra 2 mil vagas. “A primeira tarefa quando assumi foi acabar com a superlotação do Presídio Central. É um importantíssimo passo para começar a resolver o problema de segurança pública. Aqui passavam quase todos os criminosos da Região Metropolitana. Eles saíam pior do que entravam pois aqui era a fonte de produção de mais criminalidade”, lembrou o secretário. “É um marco histórico”, enfatizou.

No processo de esvaziamento do Presídio Central, a Susepe transferiu em junho passado 847 presos para a Penitenciária Modulada de Montenegro, que ficou com 645, e Penitenciária Modulada de Charqueadas, que recebeu 202. Com o processo de desafogo, o Presídio Central está agora com pouco mais de 3,7 mil detentos. A meta é chegar ao final do ano com um máximo de 500 apenados.

Para absorver a massa carcerária oriunda do Presídio Central, a Susepe conta com as 2,8 mil vagas da Penitenciária Estadual de Canoas, cuja inauguração ocorrerá até o final do ano e que em breve terá sua primeira unidade abrigando 393 detentos. Já um novo módulo da Penitenciária Modulada de Charqueadas (PMEC) vai acrescentar mais 250 vagas, enquanto a Penitenciária de Venâncio Aires, com 529 vagas, terá 300 destinadas aos presos da região do Vale do Rio Pardo e que estão no Presídio Central de Porto Alegre. A Susepe ressalta ainda o avanço da construção da Penitenciária de Guaíba, prevista para ser concluída em novembro, com 672 novas vagas. 

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