Deputados e lideranças empresariais criticam instalação de pedágio na ERS 118

Deputados e lideranças empresariais criticam instalação de pedágio na ERS 118

Tema foi abordado em seminário na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira

Felipe Samuel

Líder da Frente Parlamentar em defesa do Movimento ERS 118, deputado Tiago Simon afirma que as concessões são importantes para melhorar a infraestrutura do estado.

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Deputados, lideranças empresariais e comunitárias se reuniram, nesta segunda-feira, no plenarinho da Assembleia Legislativa durante o seminário "Análise das Concessões de Rodovias no Rio Grande do Sul". Entre os principais pontos discutidos no encontro estão a preocupação com preço abusivo cobrado nas praças de pedágios e a discordância sobre a implantação da praça de pedágio na ERS 118, na Região Metropolitana.

Líder da Frente Parlamentar em defesa do Movimento ERS 118 sem Pedágio, o deputado Tiago Simon (MDB) afirma que as concessões são importantes para melhorar a infraestrutura do Rio Grande do Sul e atrair investimentos, mas defende a necessidade de aprofundar as discussões sobre o tema e cobrar mais transparência das empresas no que diz respeito à arrecadação. "O controle online da arrecadação das concessionárias é um tema crucial para transparência das arrecadações", destaca.

Simon reforça a importância de parcerias com a iniciativa privada para captação de investimentos e alerta para a importância de não se praticar preços abusivos nas praças. "A nossa preocupação é com o preço abusivo cobrado em praças de pedágios, o que inibe investimentos", reforça. O parlamentar lembra que já são 27 praças de pedágios no Estado, das quais 5 têm concessão de 30 anos. "Estamos falando de uma receita de R$ 47 bilhões que vai ser auferida do setor produtivo, dos cidadãos do nosso Estado", avalia.

A implantação de uma praça de pedágio na ERS 118 também foi alvo de críticas. "Existe discordância sobre a implantação de praça de pedágio na RS 118, uma via urbana", sustenta. A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul) reforça as as críticas. "A Federasul é contra a instalação de pedágio em áreas urbana, como a ERS 118, porque causa prejuízo a cidades próximas, agravando a pobreza em uma região com um dos menores PIB per capta do RS", afirma o presidente da entidade, Anderson Trautman Cardoso.

Cardoso explica que a Federasul apoia privatizações e concessões que 'ampliem investimentos em setores essenciais da nossa sociedade', entre os quais os setores de saneamento e de rodovias. "Cerca de 80% da logística depende de rodovias", pontua, acrescentando que a entidade defende o estabelecimento de preço mínimo para pedágios. "O debate visa auxiliar na elaboração do melhor modelo para o Estado", completa.


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