Desde 2013, 22 ônibus foram incendiados em Porto Alegre

Desde 2013, 22 ônibus foram incendiados em Porto Alegre

Número de coletivos queimados voltou a crescer em 2017 e empresas já precisaram investir R$ 7 milhões para repor frota

Daiane Vivatti / Rádio Guaíba

Número de coletivos queimados voltou a crescer em 2017 e empresas já precisaram investir R$ 7 milhões para repor frota

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Desde janeiro de 2013, 22 ônibus foram incendiados em Porto Alegre – 20 deles pertencentes a empresas privadas e dois à Carris. Somente nas últimas 24 horas, dois coletivos foram queimados: um veículo da linha 731 – Parque dos Maias/Sertório, no terminal Parobé, no Centro da Capital, e outro da linha 149 – Icaraí, na zona Sul da cidade. O levantamento foi produzido pela Rádio Guaíba.

Em 2017, criminosos já atearam fogo em cinco ônibus. O primeiro crime ocorreu em 4 de janeiro, quando um coletivo da linha T3 foi atacado na avenida Moab Caldas, na zona Sul, o que causou prejuízo de aproximadamente R$ 150 mil à Carris. Há um mês e meio, em 29 de março, ocorreu ataque a um ônibus da linha 376 – Herdeiros, na zona Leste, e duas semanas atrás, outro incêndio foi registrado na Vila Cruzeiro, em um veículo da linha 264 – Prado.

Em 2016, só um ônibus havia sido queimado em Porto Alegre. O ano com maior número de ocorrências foi 2015, quando 12 ônibus foram incendiados, dez deles pertencentes ao consórcio Viva Sul. A maioria dos crimes foi registrada na vila Cruzeiro.

Conforme o Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa), cada ônibus custa, em média, R$ 350 mil, mas o prejuízo estimado depende dos anos de uso do coletivo. Com isso, as empresas tiveram de investir mais de R$ 7 milhões para recompor a frota queimada.

Brigada Militar vê crime como represália à polícia

O comandante de Policiamento da Capital, coronel Jefferson Jacques, considera que foram diversas as motivações para os crimes, como represália a ações de segurança e protestos contra a Copa das Confederações, em 2013. O oficial acredita, porém, que em 2017 há relação direta das ocorrências com o tráfico de drogas.

Conforme Jacques, após os casos, uma série de medidas é tomada: “Sempre que acontece um fato dessa natureza, a nossa tendência é trabalhar na redução do dano e do medo da população. Nós patrulhamos a área, entramos em contato com o gestor do transporte público, com os trabalhadores, no sentido de dar proteção e garantia de funcionamento e restabelecimento da normalidade no ambiente”, explica.

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