Deslizamento de terra ao lado do Elevador Lacerda mata mulher em Salvador

Deslizamento de terra ao lado do Elevador Lacerda mata mulher em Salvador

Claudenice dos Santos Gonçalves, 51 anos, é a 21ª vítima das fortes chuvas que atingem a cidade desde abril

AE

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Um deslizamento de terra ocorrido no início da manhã desta quarta-feira, ntre dois dos mais famosos cartões-postais de Salvador, o Elevador Lacerda e o Mercado Modelo, causou a morte de Claudenice dos Santos Gonçalves, de 51 anos, a 21ª vítima das fortes chuvas que atingem a cidade desde meados de abril.

O imóvel no qual ela estava com a mãe e uma das filhas, de 25 anos, um "puxadinho", localizado nos fundos de um casarão histórico, ficou destruído, com outros pequenos imóveis do gênero, localizados entre a Ladeira da Montanha e a Rua da Conceição da Praia, na orla do bairro do Comércio, na Cidade Baixa.

Segundo relatos de moradores da área, a terra começou a ceder no local pouco depois das 6 horas. Os imóveis foram abandonados pelos ocupantes antes que o deslizamento ocorresse, mas Claudenice voltou a sua casa para buscar uma bolsa, por volta das 7 horas. Assim que ela entrou de volta no imóvel, a encosta cedeu.

As buscas pela vítima, coordenadas pelo Corpo de Bombeiros, duraram toda a manhã. O corpo foi localizado pouco depois das 9 horas e foi retirado dos escombros, já sem vida, por volta das 11 horas.Ao todo, seis casarões da área foram atingidos pela queda da encosta e foram interditados pela Defesa Civil. 

Na região já havia sido registrada, na segunda-feira, 18, outra morte causada por deslizamentos de terra. O desabamento de um muro de um prédio sobre duas residências matou o marinheiro Oberdan dos Santos Barbosa, de 32 anos, na Ladeira da Preguiça.

Por causa da situação e da previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), de clima instável na região pelas próximas semanas, a prefeitura promove campanha de publicidade pedindo para que moradores de áreas consideradas de risco deixem os imóveis.

A administração municipal diz garantir alojamento ou o pagamento de auxílio moradia (aporte mensal de R$ 300, por até um ano) e de auxílio-emergência (até três salários mínimos, para perdas materiais) a quem sair das residências ameaçadas. Equipes do Exército colaboram na retirada dos bens dos desabrigados de seus imóveis. Segundo a prefeitura, foram concedidos, no último mês, 1.228 auxílios-moradia e 492 auxílios-emergência.

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