Despoluição do arroio Dilúvio não tem previsão de retomada

Despoluição do arroio Dilúvio não tem previsão de retomada

Prefeito José Fortunati diz que são necessários mais de R$ 100 milhões para que o projeto avance

Cláudio Isaías

Despoluição do arroio Dilúvio está parada e sem previsão de retomada

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O projeto de despoluição do arroio Dilúvio está parado em razão da crise financeira do país. O prefeito José Fortunati disse nesta quinta-feira que o projeto que prevê a despoluição não está esquecido. “A iniciativa existe mas para que avance são necessários mais de R$ 100 milhões e o Município não tem esse dinheiro. O projeto está parado e não há previsão para a sua retomada”, explica.

Segundo Fortunati, o município não tem recursos para realizar a obra e o governo federal pelas dificuldades financeiras não tem condições de conceder verbas para conceder a Fundo Perdido ou mesmo via financiamento. O prefeito disse que o projeto básico já foi concluído. “Não temos de onde tirar R$ 100 milhões para o projeto executivo. Tentei recursos junto aos ministérios das Cidades e do Meio Ambiente e infelizmente o governo federal não acenou com a liberação dos recursos”, lamenta. A iniciativa de despoluição do arroio Dilúvio é uma parceria entre as prefeituras de Porto Alegre e de Viamão, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), através do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs).

Conforme o prefeito, enquanto não se consegue concretizar o projeto de despoluição do arroio Dilúvio, uma parceria entre a prefeitura de Porto Alegre e a iniciativa privada foi firmada para a implantação do projeto Eco Barreira para conter o acúmulo de lixo no arroio Dilúvio e impedir que ele chegue ao Guaíba. A obra deverá ser inaugurada em março.

A estrutura será instalada no curso d’água, no trecho da avenida Ipiranga próximo das avenidas Borges de Medeiros e Edvaldo Pereira Paiva, nas proximidades da foz do arroio. O projeto foi idealizado pela empresa Safeweb e será implantado em caráter experimental, sem ônus para o município. A base da obra é composta de pórtico, esteira, monovia e contêiner de coleta. Junto com essa estrutura de 20 centímetros de profundidade será implantado um sistema de cobertura com plantas e raízes que ajudarão na limpeza da água.

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