Destinação de resíduos sólidos urbanos é um problema para o meio ambiente

Destinação de resíduos sólidos urbanos é um problema para o meio ambiente

Por meio de videoconferência autoridades do setor abordaram o tema em evento promovido pela SERGS 


Sidney de Jesus

Autoridades falaram sobre a produção de resíduos sólidos urbanos e os problemas que causam

publicidade

O "Tratamento de Resíduos – Desafios e Oportunidades" foi o tema de debate nesta quinta-feira, do tradicional do evento Bom Dia Engenharia, promovido pela Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul  (SERGS). Por meio de videoconferência, transmitida pelo Youtoube, autoridades sobre o assunto falaram sobre a produção de resíduos sólidos urbanos e os problemas que causam para o meio ambiente. 

De acordo com o presidente da SERGS, Luis Roberto Ponte, a intensificação das atividades humanas nas últimas décadas gerou um acelerado aumento na produção de resíduos sólidos urbanos, tornando-se um grave problema para as administrações públicas e para o meio ambiente. “O aumento desordenado da população e o crescimento sem planejamento de grandes núcleos urbanos dificultam as ações e o manejo dos resíduos. Além disso, muitas vezes eles são depositados em locais não preparados para recebê-los, como lixões, e podem provocar graves problemas socioambientais”, afirmou 

Segundo ainda Ponte, no Rio Grande do Sul, praticamente a totalidade dos resíduos urbanos são encaminhados para aterro sanitário ou para lixão. “Em 2018, 82% dos municípios destinaram seus resíduos urbanos para aterros sanitários, representando um total de 91% da população. O restante foi para lixões”, ressaltou. 

Evolução

O diretor das Câmaras Técnicas da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, engenheiro Mário Saffer traçou um panorama sobre as novas tecnologias de tratamento térmico de resíduos sólidos urbanos (RSU) e destacou a evolução dos sistemas de destinação de resíduos. Segundo ele, por falta de disponibilidade de áreas, 98% dos RSU estão indo para  aterros. “O Plano Nacional de Resíduos Sólidos prevê a não geração e redução de resíduos, a reutilização de rejeitos, além da recuperação enérgica dos RSU”, lembrou Mário Saffer, destacando ainda os três processos tecnológicos para utilização em RSU: a pirólise (decomposição térmica), a incineração e a gaseificação. “, Devido os altos custos esses produtos são de pouca utilização”, afirmou. 

“A pirâmide está invertida. Temos muitos resíduos sólidos urbanos dispostos em aterros. Há 10 anos tínhamos muitos resíduos levados para lixões que não eram aterros adequados”, lembrou a presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam), engenheira Marjorie Kauffmann, ao falar sobre a destinação de resíduos sólidos.

Ela destacou ainda que existem  registros  de municípios que destinam para aterros inadequados, que são os antigos lixões que sofreram pequenos processos de adequação. “Embora não seja o ideal, são menos poluidores do meio ambientes. Também temos aqueles que são aterros planejados e estruturados.  para receber os resíduos. A não geração e o reaproveitamento dos resíduos são o caminho para poluir o meio ambiente, mas esse caminho ele começa pela educação e divulgação de toda  esta coleta seletiva”, enfatizou. 

Participaram ainda da videoconferência da SERGS, o conselheiro da Associação Brasileira Recuperação Energética de Resíduos, engenheiro Flávio Matos, o coordenador da Comissão de Meio Ambiente da SERGS, Luis Antônio Borges Germano da Silva e a diretora Executiva da ASLORE, engenheira Tânia Cristina Campanhol Sette.  


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895